CONSTRUÇÃO DE USINAS A CARVÃO TEM QUEDA DE 14% EM SEIS MESES NO MUNDO
O carvão parece estar cada vez mais com os dias contados na matriz energética mundial. Apesar de ainda ser a maior fonte de geração de muitos países pelo globo, a construção de novas usinas baseadas no carvão vem perdendo força no cenário internacional. Somente de janeiro a junho deste ano, a queda foi de 14%, quando o total previsto em novas usinas passou de 1.090 GW para 932 GW
Os dados são de um relatório feito pela ong CoalSwarm, indicando que o maior responsável pelos cortes foi o continente asiático, onde a queda apresentada foi de 22%. Para se ter ideia, a redução total em todo o mundo, de 158 GW, equivale a quase toda a capacidade de geração a carvão da União Europeia (162 GW).
China e Índia foram quase que exclusivamente as responsáveis pela mudança de cenário, já que a primeira reduziu em 114 GW e a segunda em 40 GW o planejamento de novas centrais de geração a carvão.
Em abril, a China anunciou restrições radicais destinadas a usinas de energia movidas a carvão em 13 províncias, enquanto que o Ministério da Energia da Índia emitiu uma avaliação, em junho, afirmando que há mais usinas do que seriam necessários nos próximos três anos e que “qualquer usina térmica que ainda está para começar a construção deve recuar.”
“Embora a retração recente (…) seja um progresso significativo, reduções muito mais intensas são necessárias para evitar um perigo sério. Os níveis de capacidade em construção (350 GW) e em planejamento (930 GW) excedem em muito o orçamento de carbono para limitar o aquecimento a 1,5° C. Além disso, um novo relatório da AIE mostra 6,5 ??milhões de mortes por ano a partir de poluição do ar, com o carvão como fator principal”, afirmou o diretor da CoalSwarm, Ted Nace (foto), referindo-se a um estudo da Agência Internacional de Energia.
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