CONSUMO DE ENERGIA SE MANTEVE ESTÁVEL EM SETEMBRO
Com 62.227 MW médios produzidos, a geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) em setembro se manteve praticamente estável, com queda de apenas 0,09% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a agosto, no entanto, o valor significou aumento de 3,1%. De acordo com o boletim InfoMercado, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), do total gerado 55,2% foi proveniente do sistema Sudeste/Centro-Oeste, com 34.374 MW médios. Desse volume, 23.643 MW médios vieram de usinas hidráulicas.
A geração térmica teve aumento de 32% em relação ao mesmo mês de 2013. Na comparação com agosto deste ano, houve redução de 4%. Com a entrada em operação comercial de novas usinas eólicas, a geração dessa fonte atingiu 1.895MW médios, alta de 97,9% em um ano. Na mesma base comparativa, as hidrelétricas tiveram redução da geração em 10%, para 40.882 MW médios, por conta do cenário hidrológico desfavorável. Também contribuiu para tal queda a política de operação adotada para a manutenção dos reservatórios dessas usinas acima de níveis críticos.
O consumo total de energia atingiu 60.286 MW médios em setembro, sendo 45.429 MW no mercado regulado e 14.857 MW no ambiente de contratação livre. Apesar de ainda ser o ramo com maior consumo, 26% entre os consumidores livres e especiais, o setor de metalurgia e produtos de metal reduziu sua demanda em 10%, comportamento explicado pela variação dos preços da energia elétrica com a alta do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). Outros setores que reduziram o consumo no Ambiente de Contratação Livre (ACL) foram o de veículos e o de bebidas, com variações negativas de cerca de 13% e 20%, respectivamente.
O InfoMercado também apresentou dados consolidados da contabilização das operações de agosto, quando a CCEE registrou 20.342 contratos , referentes a 85.515 MW médios. Dos contratos de compra realizados no mercado livre, que representam 10.055 negociações e um volume de 40.435 MW médios, 44% da energia é para fornecimento por mais de quatro anos, enquanto 24,8% resultam em contratos com duração entre seis meses e um ano. Dentre os negócios firmados em agosto figuram contratos de cessão de montantes de energia por consumidores livres, que cederam 100 MW médios para comercializadores e 32 MW médios para outros consumidores livres.
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