COP-28 ENCERRA BUSCANDO REDUZIR USO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E DEFENDENDO A EXPANSÃO DA ENERGIA NUCLEAR PELA PRIMEIRA VEZ
No encerramento da COP 28 com muita gente defendendo políticas diferentes e mesmo assim foi aprovado um o texto final que apoia a transição dos combustíveis fósseis para fontes de energias mais limpas. O material foi endossado por representantes de todos os 198 países presentes na conferência do clima. A redução dos gases de efeito estufa é uma emergência do planeta, segundo os especialistas que participaram da COP-28 e, por isso, já há empresas olhando para este cenário. O Acordo reconhece a aceleração nuclear como parte da solução. Ela foi reconhecida como um meio para alcançar “reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases com efeito de estufa” no Balanço Global acordado na COP28. Isto representa a primeira vez que a energia nuclear foi formalmente especificada como uma das soluções para as alterações climáticas num acordo desta envergadura.
Sama Bilbao y León, Diretora Geral da Associação Nuclear Mundial, disse que “Isso marca uma reviravolta de 180 graus no tratamento da energia nuclear no processo COP, desde a única tecnologia excluída dos mecanismos do Protocolo de Quioto até a inclusão da COP28 entre uma série de tecnologias de zero e baixas emissões.” A inclusão da energia nuclear no Balanço Global, acordada por unanimidade por todas as Partes, surge na sequência de dois outros acordos significativos alcançados na COP28:
- A Declaração Ministerial para Triplicar a Energia Nuclear, assinada em 2 de Dezembro, viu 22 países estabelecerem o objetivo de triplicar a capacidade nuclear global até 2050, com mais dois países, a Armênia e a Croácia, a assinarem posteriormente a declaração;
- O Compromisso Global para a Eficiência Energética e Renovável reconheceu que, para os países que optarem por utilizá-la, a energia nuclear terá um papel crítico na descarbonização do setor energético.
A COP28 também viu mais de 120 empresas, sediadas em 25 países e ativas em mais de 140 nações em todo o mundo, assinarem o Compromisso Net Zero da Indústria Nuclear, ecoando a meta estabelecida pela Declaração Ministerial, como assegurou Bilbao y León: “Estabelecemos a iniciativa Net Zero Nuclear este ano para dar à indústria nuclear global uma presença mais visível na COP, unindo ações pragmáticas de governos, indústria e sociedade civil. Com os governos concordando que a energia nuclear faz parte do solução, e com a coligação de governos ambiciosos a definir um objetivo claro de triplicação da capacidade nuclear, é agora altura de passar dos compromissos e objetivos para a concretização da rápida aceleração da capacidade nuclear global necessária para atingir o zero líquido.”
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