COSENZA AFIRMA DESCONHECER ESQUEMA DE DESVIOS NA PETROBRÁS
O diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza (foto), disse desconhecer qualquer esquema de desvios de recursos em contratos da Petrobrás, durante depoimento à CPI mista que investiga irregularidades na estatal. Aos parlamentares, ele afirmou não conhecer Alberto Youssef pessoalmente e negou manter relações próximas com Paulo Roberto Costa, que lhe antecedeu no cargo. Cosenza disse que ligou para o ex-diretor em três oportunidades para “entender o modus operandi da diretoria”, mas que não tinha relação de amizade com ele, mesmo quando foi seu subordinado. “Minha relação era profissional. Nunca frequentei a casa dele, nem ele a minha”, disse.
Questionado por um deputado sobre o que seria o “modus operandi”, o depoente disse que se tratavam de “trâmites administrativos” e garantiu nunca ter ouvido falar sobre as irregularidades nos contratos da Petrobrás, destacando que a estatal realiza apurações internas e acompanha as investigações sobre o tema. “Em meus 38 anos de empresa não tenho essa informação de que antes ou depois dele havia esse esquema de corrupção. Desconheço totalmente”, reforçou ao ser questionado sobre a declaração de Paulo Roberto Costa de que o pagamento de propina era comum antes de seu período na companhia.
O diretor afirmou ter conseguido bons resultados para a empresa na melhoria dos processos de refino, principal atribuição da área de abastecimento. Afirmou que quando era gerente chegou a reunir-se com empreiteiras, mas apenas para tratar do andamento de obras que estavam sob sua jurisdição. O depoimento estava previsto inicialmente para o dia 22 de outubro, mas Cozenza alegou problemas médicos e se disse impossibilitado de comparecer na ocasião. Inicialmente, a sessão desta quarta-feira (29) receberia Alberto Youssef, mas no fim de semana ele passou mal na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) e foi levado para um hospital do município, onde continua internado.
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