COSTA GLOBAL PLANEJA CONSTRUIR ESTALEIRO DE ATÉ R$ 800 MILHÕES NO SUL DO BRASIL | Petronotícias




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COSTA GLOBAL PLANEJA CONSTRUIR ESTALEIRO DE ATÉ R$ 800 MILHÕES NO SUL DO BRASIL

Por Daniel Fraiha / Petronotícias:

Dono de uma memória enciclopédica, capaz de citar dias, meses e anos exatos de sua trajetória, o ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa está investindo em várias novas frentes, depois de 35 anos e três meses como funcionário da estatal. Ele classifica o escritório da Costa Global – consultoria que abriu entre agosto e setembro do ano passado – como um “consultório sentimental”, onde apresenta pessoas e forma “casais” que tenham interesses comuns. Dos inúmeros contratos de assessoria – ou “inícios de namoro” – que já passaram pela sua mão, um deles já está em fase pré-nupcial e em poucos meses deve partir para a lua de mel. É o projeto de um estaleiro, a ser montado no Sul do país, para realizar manutenção de embarcações na primeira fase, com o plano de fazer barcos de apoio offshore e módulos para FPSOs a partir de 2015. Costa estima que devam ser investidos entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões no projeto. O Petronotícias conversou com o executivo em seu novo escritório na Barra da Tijuca e publica a entrevista em duas partes a partir de hoje. A segunda parte vai ao ar amanhã (20).

Quais são os focos de trabalho da Costa Global?

Toda área de exploração e produção, refino, logística, biocombustíveis, petroquímica, infraestrutura de um modo geral. Estou trabalhando com várias empresas em termos de consultoria e vendo alguns projetos de maior porte.

Como o quê, por exemplo?

Estamos conduzindo um projeto de um estaleiro de reparo naval, porque o Brasil hoje é carente nessa área. Já temos acionistas financeiros e acionistas de negócios de tecnologia, mas não posso revelar quem são. O projeto tem três fases. A primeira com o estaleiro de reparo, a segunda com a construção de navios de apoio offshore, e a terceira fase, que pode ser até simultânea, em que vamos fazer módulos para plataformas e FPSOs.

Onde será?

Ficará no Sul, mas não posso mencionar o local. Estamos avaliando três terrenos diferentes.

Por que o sul?

Achamos que tinha mais atratividade para este tipo de projeto. Tem mais facilidade em termos ambientais, logísticos, mão de obra, etc. E olhando bastante a parte ambiental, para não termos problemas com prazos.

Qual a previsão de montagem do estaleiro?

Estamos fechando a negociação do terreno em um ou dois meses, depois terá a fase de licenciamento ambiental, que estimamos em uns seis meses, e, a partir do início da construção, a parte de reparo deve começar a operar em um período de oito a doze meses. Então a ideia é começar a operar a parte de reparo em junho, julho do ano que vem, e a parte de construção e módulo deve começar em 2015.

Quanto deve ser investido?

Estamos estimando algo entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões.

O foco é a Petrobrás?

Não só. A parte de reparo será tanto para navios de petróleo e derivados, como graneleiros. Será para a indústria naval, para os armadores de um modo geral. E a parte de apoio offshore para os navios das empresas que trabalham para a Petrobrás. A parte de módulos para as plataformas da Petrobrás e outras empresas que necessitem de módulos.

Como estão os trabalhos com a Brasilinvest?

Por alguns motivos, a gente não conseguiu ir à frente, então estou só com a Costa Global.

Pode citar outros projetos?

Temos vários outros contratos assinados com uma série de empresas, de assessoria técnica e comercial. São contratos na parte de equipamentos, na parte de produtos e na parte tecnológica de um modo geral, então não posso detalhar os projetos. Mas felizmente estamos tendo uma procura muito grande de empresas de várias áreas. Muita coisa também na área de logística. Muitos contratos em andamento.

Você também está entrando com o capital nos projetos?

Estou entrando com o serviço. No projeto do estaleiro eu vou ter uma participação lá, mas a minha contrapartida não é em espécie. Eu não entro com capital, porque não tenho capital para entrar. Além disso, o escritório também funciona muito como um “consultório sentimental”.

Como assim?

Entra uma pessoa aqui e fala que tem interesse em atuar em determinado segmento, querendo crescer em certa direção, e eu avalio as possibilidades. Depois faço uma proposta comercial. Passa uma semana e bate outro aqui querendo investir: “Quero investir em tal negócio. Conhece alguma empresa com esse perfil?”. Eu digo: “Conheço”. Então eu promovo o casamento do investidor com a empresa. E isso tem acontecido muito aqui. Como tenho um grau de relacionamento muito grande, de tantos anos na companhia, isso facilitou muito esses contatos.

Pode falar qual o perfil dos investidores do projeto do estaleiro?

Tem fundos de investimentos e alguns investidores privados, também com muito interesse. Tem sócio tecnológico e sócio usuário do projeto, como, por exemplo, uma empresa de navegação que tem vários navios e hoje tem muita dificuldade para fazer reparo.

Vocês planejam entrar na fabricação de sondas também?

Nesse segmento de sondas ainda não estamos planejando entrar. Por enquanto estamos pensando na parte de suporte a base de apoio, barcos de apoio offshore e muito também em relação a helicópteros. Não estou olhando plataformas ainda.

Quais são os maiores gargalos do Brasil hoje?

Nessa área do pré-sal, que vai crescer muito com o que a Petrobrás já tem na mão e com o novo leilão, já vemos gargalos muito nítidos. Um deles é em termos de base de apoio offshore. A base que a Petrobrás tem em Macaé já está no limite, então vai ter que fazer outras bases. Já tem alguma coisa em Santos, no Porto do Rio, em Vitória, mas vai ter que se fazer uma base bem estruturada. A parte de navios de apoio é outro gargalo que terá de ser superado. A parte de helicópteros é também um gargalo, a construção de plataformas para perfuração e produção é mais um, além dos FPSOs.

CLIQUE AQUI PARA VER A SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA.

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Luiz
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Luiz

por favor, estou no RS e preciso de contato da costa global. obrigado.

Almyr Junior
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Almyr Junior

Na área de geração de energia(na qual atuamos) como estão os investimentos?

ASSIS PEREIRA
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ASSIS PEREIRA

Na Gestão de Gabrieli, o Diretor da área de Abastecimento não era muito afeto a obedecer os procedimentos legais e corporativos no que tange a convocação para os certames licitatórios, principalmente os de grande porte conhecidos como EPC (Engineering, procurement and construction). Com frequência, interferia no critério seletivo, colocando no certame, já em andamento, empresas não convidadas por não passar nos critérios técnicos, fiscais, econômicos e financeiro, corrompendo o programa de Gestão de Fornecedores da Estatal denominado PROGEFE. Com a saída desse Diretor, este pequeno contingente de empresas, ficaram órfão e por não mais ter sucesso nos seus pleitos pela… Read more »