CPFL AUMENTARÁ FROTA EM PROGRAMA DE MOBILIDADE ELÉTRICA
Com o lançamento da segunda fase do Programa de Mobilidade Elétrica, a CPFL Energia irá ampliar, até o final de 2015, sua frota de carros elétricos de seis para 27 e a quantidade de eletropostos de quatro para 21. Na primeira fase do estudo, o objetivo era determinar o impacto para a carga de energia elétrica com a utilização em massa de veículos elétricos. As projeções iniciais apontam que o uso desta tecnologia consumiria entre 0,6% a 1,7% da carga do SIN, em 2030, quando a frota atingir, respectivamente, 5 milhões e 13,3 milhões de unidades. A iniciativa visa transformar Campinas na Cidade da Mobilidade Elétrica.
Os pontos de recarregamento serão instalados em locais públicos e de fácil acesso, como shoppings centers, postos de serviços, prefeitura e locadoras de carros. Para conferir segurança para viagens interurbanas de curtas distâncias, dois pontos serão colocados fora de Campinas, sendo um em Jundiaí e outro em São Paulo. Novos usos da tecnologia serão testados a partir da nova etapa, ampliando o escopo dos estudos. Como a CPFL Energia planeja disponibilizar algumas unidades para aluguel em locadoras de automóveis, a utilização diária dos veículos por motoristas comuns será avaliada por uma concessionária de energia. Adicionalmente, a companhia pretende introduzir os carros elétricos nas frotas pública executiva e municipal de táxi.
Entre os temas que serão aprofundados na segunda fase do programa, estão impacto da expansão do sistema na rede elétrica, uso dos veículos elétricos como fonte de geração distribuída, aprimoramentos regulatórios e legais, ciclo de vida e reaproveitamento das baterias, proposição de um modelo de negócios para a mobilidade elétrica no Brasil, além de outras questões relacionadas. A pesquisa, iniciada em 2013, receberá R$ 21,2 milhões em investimentos até 2018, ano de sua conclusão, dos quais R$ 14,7 milhões para a segunda fase. Os recursos serão aplicados na instalação da infraestrutura de recarga, na aquisição dos veículos e no desenvolvimento dos estudos. O projeto, patrocinado com recursos do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel, conta, atualmente, com a parceria institucional do CPqD, da Unicamp, das portuguesas CEiiA e Mobi2 e da Renault.
Os dados preliminares mostram que a utilização do veículo elétrico é cerca de quatro vezes mais barata do que a de um convencional. Enquanto valor do quilômetro rodado, em um carro a combustão, considerando o uso do etanol, é de aproximadamente R$ 0,19, enquanto o veículo movido à eletricidade percorre a mesma distância com o custo de R$ 0,05. Os seis carros utilizados na primeira fase pelo Programa de Mobilidade Elétrica percorreram quase 17 mil quilômetros e consumiram 3.249 KWh de energia, deixando de emitir 2,3 toneladas de CO2 na atmosfera. A ampliação da frota de veículos elétricos virá acompanhada da incorporação de novos modelos. Hoje, há negociações em andamento com a fabricante chinesa BYD para a compra dos utilitários elétricos E6 e o Hybrid, e com a Renault, para a aquisição do Fluence e Twizy, que se juntariam aos carros anteriormente fornecidos pela montadora francesa na primeira fase do projeto, o Kangoo e o Zoe.
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