CPI DA PETROBRÁS CONVOCA PRESIDENTE DO INSTITUTO LULA
A CPI da Petrobrás aprovou a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto (foto), para depor nas investigações relativas a doações recebidas pela organização. A sessão, conduzida pelo presidente Hugo Motta (PMDB-PB), decidiu ainda pela quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de investigados, entre os quais se encontra o ex-ministro José Dirceu, do período de 2005 a 2015. O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, também teve sua convocação aprovada.
Na decisão desta quinta-feira (11), foram aprovadas também acareações do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto com os delatores Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobrás, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, além do ex-diretor de Engenharia Renato Duque e o ex-presidente da companhia José Sérgio Gabrielli. Na lista de convocações, constam ainda a cunhada de Vaccari, Marici Correia de Lima, e Milton Pascowitch, acusado de realizar pagamentos de propina a Dirceu por meio da Engevix.
A pauta da votação, montada por Hugo Motta, abrangia 140 requerimentos. Aprovou-se que seria realizada apenas uma votação, em manobra que isolou o PT da decisão. Houve protestos por parte de congressistas do partido. “Está havendo uma manipulação da comissão para expor apenas o PT e nós vamos denunciar”, enfatizou Afonso Florence (PT-BA). O presidente Hugo Motta deixou a sessão na hora da votação, encarregando seu vice, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), de concluir o processo.
Além de Dirceu, também terão seus sigilos quebrados Júlio Faerman, lobista da SBM Offshore, seus sócios e seus familiares. Faerman firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro, e não respondeu a perguntas em seu depoimento da última semana.
O Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) marcou para o dia 22 de junho uma acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. A decisão tem como objetivo esclarecer as divergências existentes nas declarações dos dois delatores.
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