CPI DA PETROBRÁS PEDE AO STF QUE APROVE CONVOCAÇÃO DE PAULO ROBERTO COSTA

Está nas mãos do ministro Teori Zavascki (foto), do Supremo Tribunal Federal, a decisão sobre a ida do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa à CPI mista do Congresso Nacional. O juiz Sergio Moro, que cuida do caso da operação Lava Jato, disse que caberia ao STF dar o aval ou não para o deslocamento de Costa até Brasília, o que levou o presidente da CPI, o senador Vital do Rêgo, a enviar um ofício solicitando a permissão.

O ex-diretor está prestando depoimentos sucessivos à Polícia Federal, sob regime de delação premiada, e já citou muitos nomes em cargos importantes no governo brasileiro como participantes de um esquema de corrupção envolvendo a  Petrobrás. Entre os apontados, segundo lista publicada pela revista Veja, estão o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os ex-governadores Sergio Cabral e o falecido Eduardo Campos, além da atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Também constam os nomes do presidente da Câmara, Henrique Alves, e do presidente do Senado, Renan Calheiros, entre outros deputados e senadores. Todos negam a participação.

Além do pedido de comparecimento de Costa, a CPI mista quer ter acesso aos depoimentos dados por ele à Polícia Federal e já fez a requisição.

O ex-diretor também apontou nomes de funcionários da Petrobrás e de empresas que teriam participado do esquema. Entre as companhias citadas por ele, as primeiras que começaram a figurar nos depoimentos foram Engevix, Toyo Setal, Iesa, Hope RH, UTC/Constran e Mendes Júnior. As empresas negam a participação em qualquer esquema ilícito.

Caso Costa não queira falar em sessão aberta, é possível que os parlamentares peçam uma sessão secreta – fechada à imprensa.