CPI DA PPSA MARCA PRIMEIRA AUDIÊNCIA PARA O DIA 21 DE MARÇO
A credibilidade de políticos e da câmara dos deputados está tão ruim que qualquer movimento que façam, ainda mais num ano eleitoral, é preciso ficar com um olho no gato e outro no peixe. A iniciativa do deputado Júlio Lopes, eleito presidente da Comissão Especial Mista do Congresso Nacional que vai analisar a medida provisória 811 que libera a PPSA para contratar comercializador ou comercializar diretamente a parcela da União no petróleo e gás do pré-sal. Precisa muito atenção. Afinal Júlio Lopes é investigado por corrupção e desvio de dinheiro nas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. A Comissão foi instalada nesta semana e terá como relator o senador Fernando Bezerra Coelho, pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Para lembrar, a PPSA anunciou na terça-feira (6) que vendeu a primeira carga de petróleo – 500 mil barris da união para a Petrobrás, compradora em uma licitação que envolveu mais sete empresas com capacidade logística para receber o petróleo. A PPSA pretende fazer uma nova licitação, com o mesmo volume em abril. Poderão ser comercializados, em 2018 e 2019, cerca de 5 milhões de barris da parcela que a União tem direito, em decorrência do contrato de partilha de Libra e de acordos de individualização da produção dos Campos de Lula, Sapinhoá e Tartaruga Verde. Até 2022, essa comercialização poderá atingir 38 milhões de barris de petróleo. E isso deve interessar a muita gente, muitos políticos.
A comissão também um planejamento de trabalho que prevê a primeira audiência pública para o próximo próximo dia 21. Serão convidados para o encontro o secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix, o diretor da ANP Aurélio Amaral, o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, e o superintendente da Área de Indústrias de Base do BNDES, Júlio Cesar Maciel. A medida provisória 811 recebeu emendas de 42 deputados. A maior parte indicando a disponibilização dos recursos obtidos com a venda do petróleo e gás da União no pré-sal integralmente para um Fundo Social. A medida contraria os interesses do governo, que pretende fazer caixa com os recursos.
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