CRESCEM AS RESERVAS DE PETRÓLEO DE ANGOLA, MAS GRANDE PARTE DOS CAMPOS ESTÃO ÁGUAS PROFUNDAS
As reservas comprovadas de petróleo de Angola estão atualmente avaliadas em 6 bilhões de barris. A informação consta do prospeto da emissão de ‘eurobonds’ no valor de US$ 3 bilhões concretizada pelo Estado angolano este mês, que foi enviado aos investidores. No documento de mais de 200 páginas de suporte à operação de colocação de títulos da dívida pública angolana em moeda estrangeira, a segunda do gênero feita pelo país e denominada “Palanca 2”, é referido que entre 2013 e 2017, foram descobertos em Angola 3,7 bilhões de barris de petróleo e 850 milhões m³ de gás: “Além de expandir as reservas de petróleo de Angola, estas novas descobertas geraram substanciais pagamentos de bônus de descoberta comercial por parte de grupos de empreiteiros ao Estado”, diz o documento. Em 2015, a administração da Sonangol, concessionária petrolífera estatal angolana, tinha anunciado que as reservas de petróleo em Angola estavam então avaliadas entre 3,5 bilhões de barris provados e 10,8 bilhões de barris possíveis.
Com a rodução de mais de 1,6 milhão de barris por dia, Angola é o segundo maior produtor de petróleo do continente africano, produto que garante mais de 95% das exportações do país. A este ritmo de produção, as reservas angolanas comprovadas garantem 10 anos de produção. Contudo, admite o mesmo documento, 66,5% das reservas estão em águas profundas, com custos de produção mais elevados, enquanto as reservas em águas rasas, mais baratas, representam 33,3 % . Já o investimento no setor do petróleo, grande parte concretizado por multinacionais que operam os blocos petrolíferos, caiu de US$ 20 bilhões em 2014, para US$ 6 bilhões no ano passado.
Deixe seu comentário