CRESCIMENTO EXPONENCIAL DO SETOR OFFSHORE GERA DESAFIOS PARA A ÁREA DE SEGURANÇA MARÍTIMA
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –
O crescimento exponencial das companhias petrolíferas sem o devido acompanhamento tecnológico para segurança é uma preocupação que tem crescido no setor offshore mundial nos últimos tempos. O diretor comercial nas Américas da Svitzer, braço especialista em salvatagem da Maersk, Dirk de Jong, vê esse movimento como um dos maiores desafios do setor e atualmente vem buscando novas oportunidades de negócios no Brasil. A Svitzer conta hoje com mais de 4 mil funcionários pelo mundo, atuando embarcados e em terra. A empresa dinamarquesa foi fundada em 1833, tendo visto grandes mudanças no setor naval, como a transição da vela para o diesel, além de momentos marcantes da navegação, como a abertura do Canal de Suez. No Brasil, a empresa já está há 11 anos, sendo sua maior cliente a Petrobrás, com quem já renovou por duas vezes um contrato de duração de cinco anos. O objetivo da empresa, contou Dirk, é aumentar sua participação no mercado brasileiro, mesmo um dos maiores faturamentos da empresa já sendo gerado aqui.
Quais são seus principais clientes no Brasil?
A Petrobrás, definitivamente, é o nosso maior cliente no Brasil. Fechamos nosso primeiro contrato com a companhia em 2002, tendo duração de cinco anos com cláusula de renovação incluída. Essa cláusula já foi ativada por duas vezes e continuamos tendo a Petrobrás como nossa maior cliente.
Como é a estrutura da Svitzer no país?
A entrada da Svitzer no Brasil ocorreu em 2002, através do contrato com a Petrobrás. Na época, ainda atuávamos com o nome de Maersk, sem identificação própria da Svitzer. No país, temos uma unidade em Macaé, que conta com especialistas e um depósito 24 horas por dia à disposição da Petrobrás.
Quais cursos vocês oferecem aqui?
Voltados especificamente para a Petrobrás, temos o de controle de danos, que é um curso bem simples, de duração de dois dias, em que os funcionários têm contato com primeiros socorros em plataformas, manuseio de kit de controle de danos e treinamentos simples em geral.
Quais são os maiores desafios na área de segurança marítima?
As grandes empresas vêm crescendo muito, com maior produção e exploração, criando uma demanda por tecnologia de segurança que, muitas vezes, não conseguiu seguir o mesmo ritmo. Quando segurança não anda ao lado da produção e exploração, temos um grande desafio a ser encarado.
Você acredita que no Brasil faltam pessoas especializadas em segurança marítima? Há ainda algum curso que a Svizter não oferece no Brasil e que você considera importante para o país?
Não posso falar sobre a falta de especialista em segurança marítima como um todo, mas quanto à salvatagem, com certeza. No Brasil não existem companhias nacionais especializadas no assunto, somente estrangeiras. Acredito que um curso de extrema relevância a ser implantado no Brasil é o de controle de incêndio em alto mar, em plataformas, por exemplo.
A Svitzer tem planos para expandir sua estrutura no Brasil?
Sim, queremos aumentar nossa participação no mercado brasileiro.
Qual a receita da companhia mundialmente? E no Brasil?
Não tenho os números no momento, mas posso afirmar que, comparativamente, a receita gerada no Brasil representa uma grande fatia do nosso faturamento.
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