CRISE AFETA FEIRA DE MACAÉ. EMPRESAS DESISTEM DE EXPOR E PETROBRÁS AINDA NÃO CONFIRMOU PARTICIPAÇÃO
Acendeu o sinal vermelho para a feira de petróleo de Macaé. A crise no setor está afetando diretamente o sucesso da realização da Feira Brasil Offshore, prevista para ser realizada entre 23 e 26 deste mês, na capital nacional do petróleo. Muitas empresas que fizeram a reserva antecipada de espaço há dois anos, estão sem caixa para fazer o investimento na montagem dos estandes e os deslocamentos das equipes para trabalharem na feira. A própria Petrobrás, embora seja uma das empresas âncoras, ainda não confirmou oficialmente a sua participação. O Petronotícias solicitou na sexta-feira (29) à estatal que confirmasse se montaria seu estande em Macaé, mas até agora não recebeu resposta.
A Petrobrás vive sob forte regime de contenção de despesas e investimentos e está analisando com muito cuidado a sua participação. Mesmo que a resposta seja positiva, o estande da companhia deverá ter apenas a presença burocrática, com distribuição de folhetos por recepcionistas, sem a visita de pessoas de peso capazes de tomar decisões importantes.
Algumas empresas já desistiram de expor, como a Technip, outra gigante, que também é uma das empresas patrocinadoras. A companhia manteve o patrocínio, mas decidiu não montar estande nesta edição, refletindo a dúvida que muitos empresários do setor estão vivendo. Além dela, a Confab e a Aker também desistiram de expor, apesar de também serem patrocinadoras. A Mobil e a Dassault, que também patrocinam o evento, nem tiveram espaços reservados. A UTC seria a única empresa epecista que estaria expondo, mas o seu envolvimento na Operação Lava Jato acabou comprometendo a sua participação. O esvaziamento parece ser uma realidade.
Apesar de todos esses sinais, incluindo aí o número de cancelamentos de reservas nos hotéis disponíveis na cidade, a empresa organizadora, a Rede Alcântara, de São Paulo, tenta combater a onda de pessimismo e as informações que estão circulando no mercado. A própria Abimaq foi questionada por algumas associadas sobre o número de desistências no evento. Mesmo assim, a Rede Alcântara vê um futuro de grandes realizações:
“O evento pretende gerar alguns bilhões em negócios para o setor para os próximos 2 anos.”
Daniel Pereira, da Rede Alcântara, nega que o sucesso da feira esteja comprometido:
“Precisamos de apoio de grandes mídias como a sua para tirar essa má impressão do setor e quanto a feira deixarmos de ter esse ‘achismo’ negativo pois muitos dependem dela para se fortalecer.” (SIC)
Pereira apresenta números para defender que a Feira de Macaé será um sucesso:
“Estão confirmadas mais de 700 empresas e temos um público pré-credenciando 13% acima ao de 2013, no qual fechamos a conta com 50 mil visitantes. Entendemos a situação do mercado e a feira está sendo considerada por especialistas e até mesmo pela Petrobrás como um trampolim para que a retomada do ânimo do setor volte a partir desses segundo semestre.”
A declaração de Daniel Pereira pode ter escorregado no entusiasmo excessivo. O Petronotícias teve acesso ao mapa de vendas da feira e contou apenas pouco mais de 400 empresas participantes, sendo que pelo menos 30 espaços estão determinados às instituições consideradas como apoio institucional. O número de visitantes apresentado como certeza de sucesso é irreal. A empresa organizadora fala em 50 mil visitantes. Este número é maior do que o número de visitantes da última Rio Oil&Gas, que é tradicional, tem mais de mil empresas brasileiras e estrangeiras como expositoras, e que ocupa cinco pavilhões do Riocentro, além de toda sua área externa disponível.
Mesmo com todos estes atrativos, uma rede de hotéis gigantesca, mais o apelo turístico do Rio de Janeiro e toda infraestrutura de transportes disponíveis, a ultima edição da Rio Oil&Gas, num momento em que a crise ainda não tinha se estabelecido como atualmente, registrou a visita de 47 mil pessoas. Para se ter uma ideia, o número de visitantes estimado pelos organizadores da Feira de Macaé é mais da metade do número de visitantes que foram à OTC 2015 (94.700), em Houston, a maior feira de petróleo do mundo, que este ano teve mais de 2.600 empresas expositoras.

 publicada em 1 de junho de 2015 às 15:34                            





Obrigado por expressar sua opinião. Difícil decisão em acreditar em um Portal de Notícias regional, ou na palavra da gigante Reed Alcântara, líder mundial em organização de grandes feiras e eventos. Na dúvida, prefiro visitar a feira onde, historicamente, tenho feitos muitos negócios. A título de correção, retire o acento de Petrobras, Sr. jornalista.
Engraçado. Esse comentário parece de gente que trabalha na Rede Alcântara. Gigante Rede Alcântara. Não vi nada demais n esta reportagem a não ser a constatação de um fato do mercado. Quer ir fazer negócios ? vai lá. Parece que vocês não estão vivendo a realidade do mercado. Bilhões em negócios, só se for na conta da Rede Alcântara, que acredita que todo desemprego que está acontecendo. Porque essas empresas gfigantes desistiram ? porque a Petrobras não confirmou ? Qual a empresa de engenharia que está presente ? Aqui pra nós dizer que 50 mil pesoas visitaram a feira naquele… Leia mais »
hahaha, acho que esse Edgar é o próprio Daniel Pereira