CRISE DA PETROBRÁS AFETA FORNECEDORES DE CABOS DE COBRE E DEIXA DÍVIDAS DE R$ 100 MILHÕES | Petronotícias




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CRISE DA PETROBRÁS AFETA FORNECEDORES DE CABOS DE COBRE E DEIXA DÍVIDAS DE R$ 100 MILHÕES

Fabrica de cabosA situação das fabricantes de cabos e fios de cobre é a mesma de uma série de empresas fornecedoras da Petrobrás, em variados segmentos, que deixaram de receber valores devidos nos últimos meses, e vêm passando por um momento extremamente complicado. A crise na estatal se desdobrou como uma cachoeira de prejuízos para todos os sub-segmentos que trabalham na indústria de óleo e gás nacional, gerando faturas em aberto, redução de orçamentos e implicações nos fluxos de caixa das empresas.

No caso específico das produtoras de cabos e fios de cobre, a questão está gerando um impasse sobre a continuidade dos trabalhos para algumas encomendas, já que as empresas estão com R$ 100 milhões para receber por produtos já entregues e ainda têm outros R$ 110 milhões em pedidos para o setor de óleo e gás ainda em desenvolvimento.

Desde que a crise sobre a Petrobrás se agravou, no meio do ano passado, as empresas passaram a ter no seu dia a dia uma dificuldade constante para receber pelo trabalho feito.

O diretor executivo do Sindicel, Valdemir Romero, que representa as companhias do setor de cabos e fios de cobre – incluindo nomes como General Cable, Prysmian, Wirex, Nexans, Cofiban, Belden, Conduspar, Cordeiro e Induscabos –, afirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que estão buscando uma reunião com o novo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, para que ele garanta que os pagamentos serão feitos. A exigência das empresas é necessária para que elas continuem o trabalho em andamento em função de encomendas já feitas e também para que elas se planejem para a demanda futura.

O setor de óleo e gás tem uma grande representação no faturamento das fabricantes de cabos e fios de cobre, tendo respondido por quase 35% em 2014. Dos R$ 9,5 bilhões de receita, R$ 3,3 bilhões foram de encomendas oriundas de projetos da Petrobrás. Além disso, as empresas estimam ter investido uma média de R$ 300 milhões ao ano em expansões e aumento da capacidade para atender à demanda da estatal.

Confrontados com a possibilidade de não verem o dinheiro em breve, os empresários ficam apreensivos, porque os produtos desenvolvidos para atender às empresas que atuam em projetos da Petrobrás, como plataformas e refinarias, não podem ser reaproveitados em outros setores, como elétrico e de construção civil, já que têm especificidades muito próprias da indústria de petróleo e gás.

O horizonte para eles ainda é bem nebuloso e para 2015 a expectativa é de um ano muito ruim, com forte queda na demanda.

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