GOVERNO AMPLIA USO DO CARVÃO COMO FONTE DE ENERGIA NO BRASIL | Petronotícias




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GOVERNO AMPLIA USO DO CARVÃO COMO FONTE DE ENERGIA NO BRASIL

Mina de carvãoO carvão, um dos maiores alvos de críticas dos ambientalistas, tem ganhado espaço no cenário de geração de energia no Brasil. Segundo análise do Grupo de Estudo do Setor Elétrico (Gesel) em conjunto com o Instituto de Economia da UFRJ e do Instituto Ilumina, o governo tem preferido o carvão como fonte de energia para o curto prazo, como forma de aliviar o impacto da crise hídrica sobre o sistema energético do país. Com o preço em queda no mercado internacional, o carvão passou de 1,6% para 2,6% da produção de energia no Brasil. O mercado de energia nacional já se movimentou diversas vezes chamando a atenção para  importância de ampliar o escopo do planejamento energético, incluindo novos projetos nucleares, que, além de não serem poluentes, contam com uma grande reserva de urânio no país. A Abdan, que representa todas as empresas nucleares presentes no Brasil, vem há tempos buscando mais espaço para a fonte no mercado nacional e já sinalizou que há muitos grupos interessados em investir em novas usinas, mas o governo continua evitando dar novos passos e com isso deixa a matriz nacional mais cara e mais poluente.

Além da falta de água em grandes volumes para impulsionar a energia hidrelétrica, a ausência de uma produção maior de energia nuclear deixa o país dependente de situações climáticas, como a crise que o levou a usar mais o carvão, que produz dez vezes mais gás carbônico que uma hidrelétrica. O aumento do uso do carvão fez com que o recurso de origem fóssil ultrapassasse a energia nuclear em participação energética no Brasil. Enquanto 2,6% da energia ofertada no país vem do carvão, apenas 2,4% vem das usinas nucleares, que são projetos de médio a longo prazo.

Uma das esperanças do governo para a diversificação do panorama energético brasileiro é o gás natural. Com 11,3% da oferta de energia do país, é um dos principais produtos obtidos através da exploração do pré-sal. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no entanto, prevê o carvão como uma das alternativas se o volume de gás natural não for o suficiente. “Em caso de inviabilidade (dos projetos de gás natural), outras fontes constituem alternativas para o atendimento à demanda, entre elas as usinas térmicas a carvão”, relatou em seu Plano Decenal  de Energia 2023.

O impacto ambiental do carvão, porém, gera muitas críticas ao crescimento desse tipo de empreendimento no Brasil. Mais localizadas no sul do país, as usinas termelétricas movidas a carvão são altamente poluentes, emitindo até um quilo de gás carbônico por quilowatt/hora (KWh).

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