CRISE NA VENEZUELA AGRAVA E PDVSA POR TER CARREGAMENTOS CONFISCADOS POR DÍVIDAS INTERNACIONAIS
Apesar de estar passando por graves dificuldades econômicas, a Venezuela emprestou para Cuba mais de US$ 400 milhões em petróleo. O país passa para a pior crise de sua história sem condições para importar alimentos e remédios em meio à ampla escassez no mercado interno. O isolamento global do governo do ditador Nicolás Maduro desintegrou o setor energético venezuelano. Há cortes de luz nas cidades, apagões que deixam muitas casas se energia elétrica por horas. As refinarias do país operam com um terço de sua capacidade. A Venezuela ainda corre risco de ter seus carregamentos de petróleo confiscados. Os venezuelanos estão sofrendo sem comida e remédios. Esta semana, quando jogaram em uma cidade venezuelana a 500 quilômetros de Caracas, os jogadores e dirigentes do Grêmio de Porto Alegre, fizeram doações para a população local, em solidariedade ao drama que vivenciaram.
Caracas está sob crescente pressão internacional, com sanções já anunciadas por Estados Unidos, União Europeia e Canadá. A PDVSA adquiriu para Cuba petróleo da região dos Urais na Rússia, um tipo apropriado para as refinarias cubanas construídas na época da União Soviética. Além disso, também obteve a commodity de empresas chinesas, russas e suíças, não por dinheiro, mas com a promessa de fazer outras futuras entregas. Isso se soma às elevadas dívidas petroleiras da Venezuela a firmas estatais em Rússia e China que adiantaram US$ 60 bilhões em ofertas de empréstimos por petróleo que sustentaram seus orçamentos em meio à queda nas exportações e ao recuo global nos preços do petróleo.
O governo de Maduro também enviou petróleo no ano passado a Nicarágua, República Dominicana, Haiti e Dominica. Pelo menos 100 mil barris por dia e produtos refinados da PDVSA. A produção em queda das refinarias venezuelanas também deixaram o país cada vez mais dependente de importações de combustível para atender o consumo interno. A Venezuela comprou em 2017 cerca de 180 mil barris por dia de petróleo estrangeiro da PetroChina, Rosneft, Lukoil, Reliance Industries e outros fornecedores, 17% a mais do que em 2016. As compras alcançam um total de mais de US$ 4 bilhões. No ano passado, as aquisições totais, incluindo serviços e equipamentos, consumiram 45% do gasto total com importação, uma alta de 13% frente a 2011.
Que loucura estas negociações do Maduro!
Comprar petróleo da Rússia para dar à Cuba???????