CRISE PODE MUDAR FORMA DE CONTRATAR EMPRESAS DE ENGENHARIA NA PETROBRÁS
A crise que o mercado brasileiro de óleo&gás está vivendo é avassaladora. Muitas empresas estão sendo fechadas quase que semanalmente. Milhares de empregos sendo extintos, com as companhias sem condições de pagar as indenizações aos trabalhadores. Não há no horizonte nenhuma perspectiva de estancar a sangria. É uma crise sem precedentes em toda a história do setor, mergulhando o País numa recessão clássica e com perspectivas tênues de recuperação.
A notícia da divulgação do balanço da Petrobrás auditado pela Pricewaterhouse Coopers, marcada para próxima quarta-feira (22), pode ser um alento. O início de uma recuperação. Mas a Petrobrás é um navio gigantesco que está em alto mar. Precisa ligar os motores, deixá-los esquentar, para, aí sim, começar a navegar lentamente até que tenha velocidade de cruzeiro. Negócios em fartura são tempos difíceis de voltar. E as empresas precisam estar preparadas para isso.
Neste momento, toda cadeia de negócios de petróleo e gás está seriamente comprometida. Empresas de engenharia sem projetos e sem negócios. Fornecedores de peças e equipamentos sem conseguirem vendas. Os bancos com créditos suspensos e lutando para receberem o que lhes é devido pelas empresas que estão em dificuldade. Contas bancárias sendo bloqueadas pela justiça para garantir pagamentos de clientes em desespero. O cenário ainda é de um filme de terror.
O sopro de energia na possível retomada dos projetos da maior empresa brasileira, se os números reencarnarem veracidade e credibilidade, pode dar uma segunda vida a centenas de empresas.
Toda esta crise, todo este drama, poderá redesenhar a Engenharia Brasileira. Forçada pela suspensão de pelo menos 23 empresas, a forma de contratação poderá ser diferente a partir de agora. Embora ainda haja uma tendência a manter os contratos das obras em EPC, está sendo considerado um mergulho no passado, com a contratação das obras por lotes ou por administração. Será muito mais trabalhoso para a estatal, mas poderá ser uma forma mais segura neste recomeço, com oportunidades para pequenas e médias – mas eficientes – empresas.
Sabe-se que o novo diretor de engenharia da Petrobrás, Roberto Moro (foto), reconhecido por sua competência e firmeza, tem preferência por obras em EPC, mas tudo isso ainda está sendo avaliado internamente. Seja qual for a escolha, uma lição precisa ser aprendida: só começar a obra depois de o projeto final estar pelo menos 80% concluído. Caso contrário, se for mantido o mesmo estilo, começando-se o empreendimento com projetos básicos, os resultados serão os mesmos.
MUDANÇA NA FORMA E MODELAGEM DA CONTRATAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NA PETROBRAS Embora apareça estampada na reportagem a fotografia do atual Diretor da PETROBRAS da área de Engenharia, Roberto Moro, não fica claro se as informações ali contidas foram obtidas desse Diretor ou de convicção do autor da postagem, a menos do derradeiro paragrafo quando o autor cita a fonte como sendo o Roberto Moro. De qualquer forma, faz-se necessários o resgatar do alguns conteúdos de importantes pontuações formuladas no texto que merecem ser discutidas, ou, se for o caso, ate mesmo ser reformuladas. Cogitar a substituição da modelagem… Read more »
A diferenciação entre os modelos acima mencionados fogem ao escopo da presente reportagem, mas, pode ser motivo de publicação de uma Artigo específico nessa importante revista por Assis Pereira, Engenheiro aposentado e com experiência adquirida na PETROBRAS, na condução de processos de aquisição de serviços de grande porte ao longo de quatro décadas.
A forma como a Petrobras contrata nos últimos tempos, agregando todos os itens de um mesmo projeto com um único grande fornecedor, deixando de contratar os sub itens diretamente com os fabricantes, avilta o valor final do projeto, gerando achatamento das pequenas e médias empresas, facilitando o loby das grandes empreiteiras.
Senhores,
Seja qual for a “forma” de contratação, a tecnologia do país precisa de uma solução mais rápida. Menos discussões “teóricas, ideológicas, etc, etc”.
Uma quantidade absurda de profissionais da área de petróleo e gas, basicamente “vinculados” a serviços da Petrobras, esta parada.
Desempregados alguns há quase 2 anos, e mudando de atividade para “sobreviver”, manter suas famílias. Esta “parada” no mercado, vai submeter o país a mão de obra estrangeira, e pior, provocar um retrocesso, um atraso em NOSSA tecnologia, já adaptada ao nosso país, em muitos anos.
É preciso agir é rápido, para salvar a engenharia de projetos e seus afins.
CARLOS ALBERTO VAIROLETTI, eu concordo plenamente com você, pois sou um destes que estão parados, sem empregos na area de Óleo e Gás, tendo que correr para o plano 2, e esta sim, atrasando a tecnologia de nosso Pais, temos que nos unir, para salvar a engenharia de projetos O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL….SENHORES PEDIMOS A ATENÇÃO DE VOCÊS…SOS ÓLEO E GÁS
Precisamos acabar no Brasil com a mentalidade de que o moderno exclui os bons resultados aprendidos no passado.Sempre soube, desde a universidade,de que obra se faz com projeto. Quando falávamos em projeto naquela época, era com “P” maiúsculo,o que hoje se chama de detalhado e/ou executivo, para que todos que se propusessem a apresentar um preço para executar uma obra tivessem o mesmo entendimento e nivelamento de informações. Essa mentalidade é universal e não devemos abrir mão dela, sob pena de cairmos na armadilha inventada pelos “espertos” que fazem plantão nas diversas atividades profissionais,que podemos comparar aos chamados “advogados de… Read more »
Excelente nível dos comentários.
Concordo com Assis Pereira, qual é a fonte?
Petronotícias, quem escreveu a matéria? Foi uma conversa informal com Roberto Moro? Não está claro. Sugiro uma entrevista com o Sr. Assis Pereira, aposentado Petrobrás, mostrou com seu comentário que não só conhece bem os bastidores da área de engenharia como pode colaborar bastante esclarecendo os detalhes não considerados da jurisdição vigente.
Aguardo o artigo sugerido.
Peço que continuem os comentários. Estou parado a um ano e quatro meses, óleo e gás. Perdi o emprego. Perdi o Plano de saúde. Tive um avc. Não recebí meus direitos. Nada. E não pude me aposentar ainda. Como sobreviver? Só pela fé. Pela minha própria calma e desejo de viver. Viver modestamente. NEM É PRECISO ECONOMIZAR. Só comer e morar, pagar luz e gás e “sem tv por assinatura”, já está no lucro. Depois de 40 anos no mercado de óleo e gás.. dependo da minha mãe de 95 anos para moradia no R.J. ATÉ HOJE PELO MENOS CONSEGUÍ… Read more »