CRISE TAMBÉM ATINGE ECONOMIA DA RÚSSIA, UM DOS PIVÔS DA CRISE INTERNACIONAL DO SETOR DE PETRÓLEO
Ninguém está imune aos problemas causados pela falta de acordo entre russos e sauditas em relação aos preços do petróleo, agravado pela pandemia do Coronavírus. Nem mesmo a Rússia, uma das protagonistas da crise. A falta de acordo entre Opep e Rússia e consequente crise no mercado petrolífero levaram à maior queda do rublo em relação a moedas estrangeiras dos últimos quatro anos. A moeda nacional russa perdeu 8,8% do seu valor em relação ao dólar americano e 9,7% em relação ao euro. É a maior desvalorização do rublo desde 2014. Logo após a queda, o Banco Central da Rússia prometeu suspender as compras de moeda estrangeira, e o Ministério das Finanças pretende começar a vendê-la. O premier russo, Mikhail Mishustin, disse que “a situação da economia russa está sob controle pessoal do presidente e do governo. Temos todas as ferramentas para passar a crise calmamente, sem choques. Temos recursos suficientes para manter a estabilidade financeira”.
Os economistas, no entanto, não são tão otimistas em relação ao mercado do petróleo. Segundo eles, ninguém sabe por quanto tempo os preços de petróleo vão permanecer abaixo de US$ 40 por barril. Há uma rara combinação de fatores no mercado. Choque de oferta, aumento na produção de petróleo; choque de demanda e diminuição no consumo devido ao coronavírus. Essa combinação terrível ocorreu apenas uma vez a história, no início da década de 1930, causada pela Grande Depressão. Se o surto de coronavírus for interrompido, dizem os especialistas, os preços podem voltar a crescer rapidamente e exceder os US$ 50 por barril, mas, se os riscos de recessão global aumentarem, os preços continuarão baixos, em torno de 30-40 dólares.
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