CSL AGUARDA PLANO DA PETROBRÁS E BUSCA NOVAS OPORTUNIDADES DE EXPORTAÇÃO
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –
A CSL, especializada em cabos e ancoragem de plataformas, está completando 86 anos em 2015 e tem planos de buscar novos mercados no exterior. A empresa já é fornecedora de boa parte das grandes operadoras internacionais, como Shell, Chevron, Statoil e BP, além da própria Petrobrás, mas vem sentindo o impacto da redução da demanda no Brasil, como toda a indústria, e está aproveitando o momento para investir no aumento da exportação. O diretor de vendas da CSL, Luiz Adilson Corrêa, conta que estão ansiosos para conhecer o novo plano de negócios da Petrobrás, mas também têm aproveitado para buscar novos clientes internacionais. Além disso, a companhia está lançando um novo tipo de cabo, com flutuação integral para monoboias, e mantém uma expectativa de crescimento para este ano da ordem de 10% a 15%.
Quando e como se deu a expansão da CSL para o mercado de petróleo e gás?
A CSL completa 86 anos de existência em 2015. A companhia já está na terceira geração, com o presidente José Abujamra trabalhando junto a dois filhos na administração. Na década de 1970, começamos a produzir cabos de oito e 12 pernas, voltados para a área naval, principalmente para atracação de navios e operações com monoboias. Entre os anos 1980 e 1990, a empresa se voltou com maior atenção para o setor offshore, trabalhando com ancoragem de plataformas de petróleo. Fomos pioneiros no mundo ao desenvolver a ancoragem de plataformas para a exploração em águas profundas usando cabos de poliéster.
A crise vivida pelo setor tem afetado de alguma maneira a CSL?
Afeta, sem dúvida. Principalmente no segmento dos estaleiros, onde podemos perceber uma diminuição da demanda, por conta de todas as questões que são de conhecimento público. A Petrobrás também reduziu um pouco suas atividades, o que nos deixa bastante ansiosos com o plano de negócios. A definição da futura demanda para os próximos anos da companhia é muito importante para nós.
Como foi a participação da empresa na Offshore Technology Conference (OTC) 2015?
Nós já participamos deste evento há muitos anos. No ano passado também estávamos com um estande no Pavilhão Brasil e saímos da feira com uma expectativa bastante similar a do último ano. Procuramos por novos clientes e novas tecnologias, encontramos boas oportunidades, assim como novos mercados a explorar.
A ida à Houston faz parte de um plano de internacionalização da empresa?
Sim. A CSL já tem muita tradição no mercado internacional, porém cada vez mais temos que ampliar a participação e conquistar clientes em países para onde ainda não exportamos. Neste sentido, nós estamos buscando divulgar ao máximo nossa presença em todos os segmentos que demandam nossos produtos. Temos que nos mostrar como mais uma alternativa de fornecimento de cabos.
Para quais empresas do setor de óleo e gás a CSL presta serviços?
Para todas as principais operadoras, entre elas Petrobrás, Statoil, Chevron, Shell, British Petroleum, entre outras. Para cada uma dessas empresas nós desenvolvemos soluções específicas para suas necessidades, adaptando nossos produtos.
Alguma nova tecnologia está sendo desenvolvida pela CSL para o setor?
Sim. Nós estamos lançando um Cabo com Flutuação Integral para monoboias. A função deste cabo é fazer a interface entre o navio e a monoboia. O diferencial desta tecnologia é que o elemento flutuante fica dentro do cabo de dupla trança de nylon, e não externamente como muitas vezes é usado.
Qual foi o faturamento do último ano e qual a expectativa para este ano?
Como se trata de uma empresa de capital fechado, nossos balanços e dados financeiros nãos são divulgados. Mas, apesar do momento do mercado, esperamos um aumento de 10% a 15% no nosso faturamento.
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