CSN ANUNCIA DEMISSÃO DE 950 FUNCIONÁRIOS EM CONGONHAS, MINAS GERAIS

Afetada pelos baixos preços do minério de ferro no mercado nacional, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) já deu início a novos cortes e planeja demitir cerca de 950 funcionários próprios em sua unidade de mineração em Congonhas, Minas Gerais. O objetivo da empresa é reduzir em 20% seu quadro de funcionários na região, e aproximadamente 300 profissionais já foram dispensados pela companhia, segundo informações do Sindicato Metabase Inconfidentes.

A medida foi anunciada nesta semana em reunião com representantes dos trabalhadores, e é referente às operações na mina Casa de Pedra e na companhia Namisa, controlada pela CSN. Com a nova projeção de redução de custos, a expectativa é de que a empresa também dê início a demissões em seu quadro de funcionários terceirizados, que hoje são cerca de 3 mil na unidade.

De acordo com o presidente do sindicato, Sidney José, a CSN não abriu espaço para negociações. Os trabalhadores próprios da companhia entraram na Justiça contra o novo corte e terão audiências ainda esta semana com o Ministério Público Federal e a vara da Justiça do Trabalho.

A redução no quadro de funcionários tem como base as dificuldades financeiras vividas pela empresa, que enfrenta prejuízos diante do baixo preço do aço. No terceiro trimestre de 2015, a companhia mais que dobrou suas perdas e totalizou um prejuízo de R$ 532,5 milhões.