CSN MAIS QUE DOBRA PERDAS E REGISTRA PREJUÍZO DE R$ 532,5 MILHÕES NO TERCEIRO TRIMESTRE

A indústria siderúrgica brasileira passa por dias difíceis e o cenário adverso vem se refletindo no resultado das empresas do setor. A vez agora é da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que registrou um prejuízo de R$ 532,5 milhões no terceiro trimestre deste ano. Comparando-se ao mesmo período do ano passado, as perdas da companhia mais que dobraram.

Afetada principalmente pelo impacto do câmbio sobre as dívidas em moeda estrangeira, a empresa elevou em 112,9% o seu prejuízo em relação a 2014. A valorização do dólar frente ao real, no entanto, favoreceu as exportações da empresa, que obteve um crescimento de 1.9% em sua receita líquida no trimestre, chegando à marca dos R$ 3,96 bilhões.

O bom resultado operacional impediu um rombo ainda maior no saldo da CSN, que viu seu Ebitda crescer 39,7% e atingir R$ 1,47 no período. O resultado das empresas controladas pela siderúrgica garantiram perdas menores do que as previstas por analistas do mercado. A expectativa antes da divulgação do balanço é de que o prejuízo da companhia ultrapassasse os R$ 700 milhões e que seu Ebitda crescesse apenas até os R$ 807 milhões.

Ao longo dos meses de julho, agosto e setembro, a CSN elevou em 64% as suas despesas, que totalizaram R$ 1,55 bilhão. O valor, impactado fortemente pelas oscilações cambiais, soma à divída líquida ajustada de R$ 23,4 bilhões da empresa.