CSN SUSPENDE PROCESSO DE DEMISSÃO DE TRÊS MIL FUNCIONÁRIOS
Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional podem respirar aliviados. Após uma reunião entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e da companhia, a CSN decidiu suspender o processo de demissões que havia sido iniciado na última sexta-feira (8), com 700 empregados dispensados de seus postos de lá para cá.
As previsões apontavam para a demissão de até três mil funcionários, por conta do possível desligamento do alto-forno 2, responsável por cerca de 30% da capacidade da usina. A decisão sobre o desligamento ou não do equipamento deve sair nos próximos dias.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi um dos responsáveis pela suspensão das demissões, recorrendo pessoalmente ao diretor corporativo da CSN, Paulo Rogério Caffarelli, solicitando a reavaliação das dispensas.
A CSN vem passando por um momento difícil, em um cenário ruim para a indústria siderúrgica nacional. No terceiro trimestre de 2015 foi registrado um prejuízo de R$ 532,5 milhões, perdas duas vezes maiores do que as registradas no mesmo período de 2014.
O planejamento da companhia é diminuir sua produção, com ou sem o desligamento do alto-forno, por isso a demissão de 700 funcionários era um mínimo necessário. Outras medidas devem ser tomadas para reduzir custos, como elevar a jornada dos trabalhadores da usina de seis para oito horas diárias ininterruptas e suspender pagamento de adicional de 70% de abono de férias, de acordo com o sindicato.
No mercado exterior a CSN também sofreu um revés, com a taxação de 7,42% sobre as importações americanas de laminados a quente. A tarifa é fruto de uma investigação antidumping nos Estados Unidos. A companhia vende esse tipo de laminado para uma subsidiária no país, a LCC, que sa a matéria-prima para fabricar outros produtos siderúrgicos. Todos os laminados a quente passam a ser taxados em caráter preventivo, já que a decisão final só sairá em 24 de março.
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