CTDUT DESENVOLVE PESQUISAS E PROMOVE QUALIFICAÇÃO NO SETOR DE ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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CTDUT DESENVOLVE PESQUISAS E PROMOVE QUALIFICAÇÃO NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

A indústria de óleo e gás é intimamente dependente da indústria dutoviária. É por centenas de dutos especiais que escoam, diariamente, milhões de litros de petróleo e gás natural. Foi sabendo dessa necessidade, comum a vários outros segmentos industriais, que a Petrobrás e a Transpetro, em conjunto com a PUC-Rio, inauguraram em 2006 o Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Com o passar do tempo, a demanda por dutos de qualidade e mão de obra qualificada cresceu, e hoje o CTDUT conta com 44 membros associados, parceiros na busca de inovação tecnológica e capacitação de pessoal. Entre os sócios, estão grandes companhias como Petrobrás, Radix, Sonangol e Chemtech, entre outras, além de instituições como PUC, UCP, UFF, UFRJ, Abendi e Inmetro. Para conhecer melhor o CTDUT, o repórter Rafael Godinho conversou com o gerente de operações do Centro, Nelson Levantine, que atualmente comemora a ampliação de sua infraestrutura e a expansão das atividades no setor de óleo e gas.

Pode contar um pouco da história do CTDUT?

O Centro de Tecnologia em Dutos é voltado para pesquisas e desenvolvimento, sempre na área de dutos. Ele foi idealizado pela Petrobrás, pela Transpetro e pela PUC-Rio, em 2004. Em maio de 2006, nossa sede ficou pronta. Trata-se de um centro de tecnologia independente e sem fins lucrativos, que reúne diversos associados, entre os  quais a Petrobrás, a Transpetro e a PUC-Rio. É um centro que tenta suprir a lacuna do mercado na área de pesquisa, treinamento e desenvolvimento de tecnologia em dutos, tanto em equipamentos, quanto em operações e procedimentos. O CTDUT não presta serviços de inspeção ou algo parecido, mas serviços tecnológicos.

De onde vêm os recursos para o desenvolvimento de tecnologia?

As atividades acontecem com recursos dos parceiros que solicitam pesquisas em desenvolvimento. Essas empresas são associadas ao CTDUT e participam com um percentual do seu lucro anual. Esse percentual corresponde, aproximadamente, a 4% das nossas necessidades anuais. Ou seja, não conseguimos sobreviver disso. A gente vive dos recursos provenientes dos nossos projetos de desenvolvimento, ou de serviços tecnológicos. São vários associados, mas não significa que a gente faça pesquisa e desenvolvimento só para eles. Desenvolvemos projetos de pesquisa para qualquer cliente que queira desenvolver uma tecnologia ou procedimento.

O CTDUT oferece cursos de capacitação?

Temos treinamentos, cursos e avaliações profissionais. São cursos sobretudo técnicos, sempre voltados para a área de dutos, como mineroduto, oleoduto, cavacoduto e gasodutos. O setor de óleo e gás faz parte, já que o transporte desses produtos é feito por dutos. Mas há outras substâncias que podem ser transportados por dutos, inclusive água.

Qual é a participação dos parceiros do CTDUT?

Os parceiros não só participam com recursos, mas também cedendo profissionais competentes em cada área específica. Se o CTDUT precisa de um profissional, doutor ou especialista em determinada área de dutos, podemos solicitá-lo à PUC-Rio, UFRJ, UFF, UCP. Assim, podemos atuar, em conjunto, num projeto tecnológico, como no desenvolvimento de algum produto, em nossos laboratórios. O CTDUT tem laboratórios próprios, todos eles em escala real, que simulam as condições de um duto.

Como são promovidos os cursos de qualificação?

Os cursos são ministrados em função da necessidade dos profissionais ou das empresas. Se notamos a necessidade de um treinamento em alguma área específica, a gente programa um curso. Por exemplo, uma empresa petrolífera pode demandar um treinamento, avaliação ou aperfeiçoamento específico para um grupo de funcionários, conforme a necessidade na área de dutos.

A pessoa que quer se especializar pode procurar o CTDUT?

Na verdade, ela tem que vir por meio de uma empresa. Porque a gente não conta com cursos específicos para pessoa física. Além disso, como somos uma instituição de pesquisa, não podemos receber recursos de pessoas físicas, só jurídicas.

Qual é a necessidade de mão de obra hoje na área de dutos, principalmente no setor de óleo e gás?

Tem crescido bastante. A necessidade de mão de obra especializada, hoje, no Brasil como um todo, é muito grande. Não basta mão de obra, tem que ser especializada para aquela função, destacadamente na área de dutos.

Existe muita dificuldade na oferta desse conhecimento específico?

A PUC tem uma especialização na área de dutos, e a UFF também. Mas o problema é a demanda. Essas instituições não conseguem suprir a demanda do mercado. Então a gente tem que ajudar, de alguma forma. A própria Petrobrás já está especializando muita gente. Na sua holding, ela é a nossa maior e melhor cliente, até porque tem mais investimentos aqui no Brasil. Mas nós trabalhamos com várias outras companhias. O Inmetro participa com a gente na área de certificação de produtos e alguns tipos de tecnologia.

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Loyola

Olá Nelson, gostaria de contata-lo. Parabéns pela reportagem!