CYGNUS BUSCA NOVOS NEGÓCIOS COM OPERADORAS E AMPLIA ATUAÇÃO PARA MERCADO DE BIODIESEL | Petronotícias




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CYGNUS BUSCA NOVOS NEGÓCIOS COM OPERADORAS E AMPLIA ATUAÇÃO PARA MERCADO DE BIODIESEL

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

IMG-20170331-WA0004Os últimos leilões de campos de petróleo e gás trouxeram um novo ânimo para a indústria brasileira. Nesse clima de boas perspectivas, a empresa Cygnus Consultoria já se prepara para conseguir contratos com as operadoras. “Estamos conversando com todas estas companhias. As perspectivas são altamente promissoras. Estamos apostando e investindo em um trabalho comercial pesado para poder começar a ter resultados a partir de 2018/2019”, afirmou Gianfranco Miceli, diretor da Cygnus. A empresa tem uma parceria com a Cema e, juntas, oferecem serviços de consultoria de meio ambiente, estudo de EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) e licenciamento ambiental. Além disso, a Cygnus também está com os olhos voltados para o mercado de biodiesel. “Deve ser aprovado nos próximos dias o projeto do RenovaBio. Será preciso todo um trabalho ambiental para qualificar as usinas para receberem a certificação do RenovaBio. A Cygnus e a Cema estão altamente empenhadas nisso”, detalhou Miceli.

Fale um pouco sobre a atuação da Cygnus.

A Cygnus foi criada em 1987 como representante e parceira de uma empresa canadense de engenharia de petróleo, chamada CMG. Nós tivemos essa parceria por 10 anos, trabalhamos juntos em alguns projetos no Brasil e na América Latina. A companhia fazia toda a parte de simulação matemática de reservatório. Nós dávamos o apoio com engenheiros locais. Na época, foi uma parceria de sucesso, que durou até o ano 2000. Depois, nós começamos a trabalhar como Cygnus. O governo do Fernando Henrique Cardoso criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e abriu as concessões para empresas estrangeiras. Nós viemos a prestar serviços para algumas delas.

Como surgiu a aliança com a Cema?

Fizemos uma parceria com a Cema, há 16 anos atrás, e prestamos serviços de consultoria de meio ambiente, estudo de EIA/RIMA e licenciamento ambiental. Além desta parte, a Cygnus continuou prestando serviço de apoio logístico, de apoio de engenharia civil para operações de perfuração. Em 2004, quando entrou o primeiro governo Lula, houve uma retração significativa das atividades das empresas estrangeiras no Brasil. Nossa companhia sofreu com isso, fizemos uma redução drástica do volume de trabalhos e começamos a atuar fora do Brasil nas áreas de óleo e gás e de infraestrutura.

Pode detalhar alguns dos trabalhos realizados em conjunto com a Cema?

Essa parceria com a Cema sempre permaneceu. Existe uma sinergia entre as duas empresas. Fizemos muitos trabalhos de sucesso juntos. Um exemplo é o trabalho que fizemos para a Coastal, empresa americana que ganhou a concessão de campo offshore na Bahia,  o BCAM-2. Na ocasião, ganhamos o elogio da presidente do Ibama, que disse que foi o melhor trabalho apresentado na época. A Cema fez o estudo de EIA/RIMA e nós demos todo o apoio de levantamento de informações e apoio à sinergia de petróleo e meio ambiente.

E quais são as perspectivas de novos negócios?

No governo Dilma, as concessões pararam. Mas agora, nesse novo governo, houve licitações e estamos conversando com as empresas que ganharam, oferecendo os serviços que fizemos no passado. Já temos duas empresas, que nos pediram propostas. E acredito que essa aliança entre a Cygnus e Cema vai ser continuar sendo de sucesso. Nós temos 16 anos destes trabalhos executados no Brasil e em outras partes do mundo. Estamos apostando na retomada.

Qual o foco de potenciais novos clientes?

As perspectivas de novos negócios estão mirando as empresas ganhadoras das licitações da ANP. Estamos conversando com todas estas companhias. As perspectivas são altamente promissoras. Estamos apostando e investindo em um trabalho comercial pesado para poder começar a ter resultados a partir de 2018/2019. Esperamos que o novo governo eleito continue com essa política de trazer investimentos por meio de empresas estrangeiras, além de apoiar a Petrobrás em sua retomada.

Que serviços as empresas poderão oferecer?

Para os campos maduros, a Cygnus vai fazer, junto com a Cema, todo o trabalho de levantamento das informações de campo. Todos os dados pertinentes ao que existe para poder alimentar o EIA/RIMA e licenciamento. Para poder fazer o estudo, você precisa de informações de campo. Essa parte é a contribuição da Cygnus no estudo ambiental que a Cema vai entregar para seus clientes. Diretamente, a Cygnus pode fazer toda a parte apoio logístico, apoio de engenharia às operações de construção de base de perfuração… tudo isso são atividades que a Cygnus pode executar.

Além destas atividades, existem novos projetos pela frente?

Estamos abrindo uma nova frente de trabalho para o biodiesel. Deve ser aprovado nos próximos dias o projeto do RenovaBio. Será preciso todo um trabalho ambiental para qualificar as usinas para receberem a certificação do RenovaBio. A Cygnus e a Cema estão altamente empenhadas nisso. Já visitamos todas as grandes usinas de açúcar e álcool do estado de São Paulo, e também em Goiás, Mato Grosso. Estamos fazendo trabalho constante e torcendo para que o RenovaBio seja aprovado rapidamente. Temos pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz que estão nos apoiando neste trabalho.

Por fim, qual a expectativa para o mercado daqui para frente?

Estamos apostando no biodiesel como combustível do futuro no Brasil, apesar de que o País é um grande produtor de petróleo. Mas o biodiesel vai substituir as importações de diesel que o Brasil está fazendo atualmente. Isso é um dos focos principais. Outro ponto é continuar nossas atividades, já que mais áreas de campos maduros serão colocadas nos próximos anos. Acreditamos também nas parcerias da Petrobrás com outras empresas, já que a estatal não tem mais a obrigação de ser operadora no pré-sal. Isso vai trazer mais empresas para o Brasil.

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