DADOS DA ONS CONFIRMAM QUE AS HIDRELÉTRICAS FORAM AS QUE MAIS GERARAM ENERGIA NO PAÍS NO PRIMEIRO SEMESTRE
Os dados mais recentes sobre capacidade instalada e geração de energia divulgados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), confirmam que as hidrelétricas são a fonte que mais geram energia no país. Neste primeiro semestre de 2021, mesmo enfrentando a pior seca dos últimos 91 anos, as fontes hidráulicas entregaram 72,6% de todos os MWh consumidos no Brasil. No período de 2019 a 2021, as hidros entregaram no pior ano, 71% e no melhor ano, 95,3% de todos os MWh consumidos no país. Todas as outras fontes somadas (térmicas a gás, a diesel, a óleo, carvão, biomassa, eólicas, solares e nucleares) entregaram um máximo de 29% dos MWh consumidos e um mínimo de 4,7%.
A Associação Brasileira que reúne as empresas proprietárias de PCHs, diz que “Os reservatórios das hidrelétricas têm sido sacrificados ao longo de mais de 20 anos, tendo entregado uma porcentagem dos MWh em media 29% superior à porcentagem que tem capacidade instalada. Exceto as nucleares, todas as outras fontes geram menos que sua porcentagem da capacidade instalada.”
Segundo o presidente da ABRAPCH, Paulo Arbex(foto), foram as fontes hidráulicas que viabilizaram a inserção das fontes intermitentes na matriz brasileira e são os reservatórios das hidrelétricas que tem coberto esta intermitência, a maioria dos distúrbios elétricos e diversos outros problemas do sistema interligado nacional: “Foi a política energética equivocada do passado que, ao demonizar as hidrelétricas e os reservatórios ao longo de mais de 20 anos, nos trouxe a situação atual, e não os períodos de estiagem. O Brasil viveu mais de 50 anos com mais de 85% de sua energia suprida por hidrelétricas sem nenhum problema. A Noruega, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, tem 94% de sua energia elétrica fornecida por hidrelétricas, também sem nenhum problema. O problema é muito mais de falta de caixa d’água que de falta d’água. Só vai ser resolvido a contento, com a retomada da construção de reservatórios e de mais hidrelétricas. Felizmente, o atual comando do setor elétrico brasileiro e a legislatura atual estão cientes do problema e estão se empenhando para tomar as medidas necessárias para corrigi-lo.”
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