DASLIK-HOLANDA VAI REPRESENTAR LIDERROLL NA EUROPA
Por Daniel Fraiha / Petronotícias –
A Daslik começou suas atividades ainda em 2012, mas a expansão dos negócios já levou a empresa a abrir um novo escritório na Holanda. A empresa se mudou para o bairro de Haia, que é a capital administrativa do país europeu, depois que um grande volume de negócios surgiu nos últimos meses, como conta Lívia Folkerts, presidente da Daslik. Ela assumiu recentemente a representação da Liderroll na Europa e agora estuda as melhores formas de inserir as soluções da empresa brasileira no mercado de dutos europeu.
Como foi definido o acordo de representação com a Liderroll?
Começamos a conversar em Houston, durante a Offshore Technology Conference (OTC), e finalizamos em setembro no Rio de Janeiro. O Paulo Fernandes, presidente da Liderroll, tem planos de expandir os negócios da empresa para a Europa e a Daslik se encaixa no perfil que ele estava procurando.
Quais são os planos da Daslik para distribuir os produtos da empresa na Europa?
A Liderroll não é apenas um fabricante de produtos. É um provedor de soluções de engenharia na construção de dutos e tubulações em ambientes confinados. Não foi à toa que a Geração II dos Roletes Motrizes, desenvolvida por ela, ganhou o prêmio internacional mais importante no segmento de dutos: o Global Pipeline Technology Award 2011, concedido pela American Society of Mechanical Engineers (ASME). Sendo que ela concorreu com empresas de 37 países, inclusive com a Petrobrás. Esta solução inovadora foi utilizada no lançamento do gasoduto Gastau (que está levando o primeiro gás do Pré-Sal) e evitou o desmatamento de centenas de hectares da Serra do Mar em São Paulo.
Isto é motivo de muito orgulho para nós: trazer uma tecnologia inovadora de uma empresa 100% brasileira para um continente que também tem soluções inovadoras.
Quais são os principais focos do mercado europeu para os produtos da Liderroll?
A Europa é um continente com vários países, que por sua vez têm suas próprias regras e regulações. Diferente do Brasil, que apesar de ter proporções geográficas continentais é um país só, onde a regra e a regulação é a mesma.
Estamos estudando a malha dutoviária europeia e identificando os diversos agentes de mercado. Ou seja, entendendo como funciona aqui para começarmos efetivamente em janeiro.
Existe algum concorrente para os produtos da Liderroll no mercado europeu?
Acredito que não. A tecnologia está patenteada em 52 países. As leis na Europa são muito rígidas, exatamente para não haver este tipo de problema com produtos e soluções iguais ou similares.
Espera encontrar uma boa receptividade para os produtos?
Sim. Além da experiência e da trajetória de sucesso da Liderroll, o prêmio concedido pela ASME é um diferencial que a colocou num seleto grupo de empresas de tecnologias inovadoras e pioneiras.
Qual o objetivo do novo escritório inaugurado em Haia pela Daslik?
Na realidade, nós já tínhamos um escritório. Mas sentimos a necessidade de nos mudarmos para um centro maior e de maior acessibilidade. Estamos instalados num novo complexo predial localizado ao lado da estação de trem (fácil acesso a toda a Europa), que também possui acomodações hoteleiras e um grande centro de convenções. Escolhemos Haia por ser a cidade sede do governo holandês, por ser onde estão localizados os ministérios e algumas agências de fomento, além de organismos internacionais e empresas multinacionais. A título de folclore, as cores de Haia são verde e amarelo…
Quais são os próximos passos da Daslik?
Com relação a empresas brasileiras, fechamos também a representação com a Asel-Tech e com o Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT). Estamos muito felizes e motivados. Acabou se formando um cluster dutoviário brasileiro na Daslik.
Com relação às empresas holandesas, fechamos a representação com quatro empresas que querem introduzir suas tecnologias (também inovadoras) no Brasil. Nossos sócios no Rio terão muito trabalho em 2013.
E quais as expectativas para o próximo ano?
De cumprir com os desafios que temos e alcançar as nossas metas.
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