DE OLHO NA ENERGIA NUCLEAR, CAMECO E BROOKFIELD VÃO ADQURIR A WESTINGHOUSE POR US$ 7,9 BILHÕES
Com o crescente interesse pela energia nuclear no ambiente de transição energética, as empresas Cameco e a Brookfield Renewable Partners anunciaram nesta semana que vão comprar a americana Westinghouse pelo valor de US$ 7,9 bilhões. O movimento foi considerado natural pelo mercado, de maneira geral, pois vários países voltaram a considerar investimentos na fonte nuclear como parte de esforços de descarbonização da matriz energética.
“Estamos vendo alguns dos melhores fundamentos de mercado que já vimos em energia nuclear”, declarou o executivo-chefe da fornecedora de combustível de urânio Cameco, Tim Gitzel. Pelo acordo anunciado, a Cameco deterá 49% da Westinghouse, enquanto a Brookfield Renewable e seus parceiros ficarão com a fatia restante. A Brookfield Renewable desembolsará cerca de US$ 2,3 bilhões pelo negócio, enquanto a Cameco deverá aplicar US$ 2,2 bilhões na transação.
A Westinghouse atende metade do setor de geração de energia nuclear do mundo e é a fabricante de equipamentos originais de mais da metade de sua frota de reatores nucleares. Gitzel disse que a compra da empresa daria mais acesso direto aos clientes que buscam energia nuclear e emissões líquidas zero. “Gostamos de pensar em nós mesmos como mais do que apenas mineração e esta é uma extensão disso. Sabemos o que [a Westinghouse] faz e seus negócios são muito complementares ao que fazemos”, acrescentou.
A Westinghouse entrou em falência em 2017 devido a bilhões em custos excessivos em quatro projetos de desenvolvimento de reatores nucleares nos EUA. Depois, em 2018, a então controladora Toshiba alienou a empresa para a Brookfield Business Partners (BNP) por US$ 4,6 bilhões. A BNP é a unidade industrial e de serviços da Brookfield Asset Management, que detém 60% da Brookfield Renewable Partners.
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