DEEPSEA TECHNOLOGIES CHEGA AO BRASIL EM BUSCA DE NOVOS CONTRATOS COM EMPRESAS DE ÓLEO E GÁS DO PAÍS | Petronotícias




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DEEPSEA TECHNOLOGIES CHEGA AO BRASIL EM BUSCA DE NOVOS CONTRATOS COM EMPRESAS DE ÓLEO E GÁS DO PAÍS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Deepsea Felipe Pic at Trade Show-2A entrada de novas operadoras internacionais de óleo e gás no Brasil é um dos fatores que motivaram o grupo Deepsea Technologies a apostar no país. A empresa fez um investimento para inaugurar uma unidade fabril no Espírito Santo, de onde pretende atender as futuras demandas por parte das empresas de O&G instaladas no Brasil. O Managing Partner da Deepsea Technologies, Felipe Lamego, contou que já existe um volume significativo de cotações para fornecimento de projetos no país. A companhia é focada no desenvolvimento de produtos e tecnologias para aplicação em energia, sobretudo em subsea. Neste segmento, Lamego também revela que a Deepsea mantém conversas técnicas com a Petrobrás sobre uma tecnologia relacionada à conexão de risers flexíveis e umbilicais às plataformas, sem nenhuma intervenção de mergulhador ou ROV. O executivo afirmou ainda que a empresa também está de olho em oportunidades no mercado de descomissionamento e nas demandas das petroleiras independentes que hoje operam no Brasil.

Como surgiu o interesse da empresa em se instalar no Brasil?

A Deepsea Technologies é uma empresa focada no desenvolvimento de produtos e tecnologias para aplicação no mercado de energia, principalmente nas aplicações de subsea para produção de óleo e gás. Estamos estabelecidos dentro do mercado americano há 19 anos. Trabalhamos nos EUA com a cadeia completa de fornecimento de óleo e gás. Fornecemos equipamentos tanto para as grandes operadoras – como Chevron, BP e Shell –  e também para os demais níveis da cadeia, como as empresas de instalação e construção de equipamentos submarinos. E temos também algumas tecnologias e produtos que fornecemos e desenvolvemos para os operadores de sondas de perfuração.

Dentro desse ambiente onde já operamos nos Estados Unidos, visualizamos oportunidades no Brasil, com a retomada do mercado de óleo e gás do país, não somente pela Petrobrás, mas com as novas operadoras de grande porte investindo no país, como a Equinor e a Shell. Além disso, existe um mercado que também é muito novo no Brasil, que é o de produtoras de pequeno porte.

Hoje, no mercado americano, já existem centenas dessas companhias independentes, que trabalham em uma velocidade maior e buscam compra de equipamentos e serviços de uma forma diferente das grandes. Nós atendemos muito bem a este tipo de cliente nos Estados Unidos. Esse mercado está nascendo no Brasil. São empresas menores que estão comprando ativos que não são lucrativos para a Petrobrás, mas que são rentáveis para essas empresas pequenas.

Com a formação destes novos tipos de clientes no Brasil, enxergamos um bom momento para estabelecer a companhia no Brasil e trabalhar nesse mercado, ganhando uma fatia dele. Até porque, uma grande parte da cadeia de suprimentos e dos clientes que estamos lidando no Brasil são empresas internacionais com as quais temos um bom histórico de fornecimento no exterior. Isso facilita bastante a entrada e o desenvolvimento de um relacionamento.

Que outras oportunidades a empresa está enxergando aqui no Brasil, além das empresas independentes?

Com as operadoras de grande porte, as oportunidades são vinculadas principalmente à perspectiva que existe no Brasil de aumento do número de projetos e do crescimento de investimentos que serão feitos. Não somente por parte da Petrobrás, mas também por outras empresas de grande porte que estão decididas a investir no Brasil. Enxergamos que o país passa a ser um mercado que não está 100% na mão da Petrobrás. Existem outras operadoras de porte equivalente à Petrobrás investindo no Brasil. O volume de trabalho vai crescer e existe abertura para participarmos desse mercado e dessa demanda, que já está acontecendo no Brasil.

A Petrobrás é uma empresa um pouco nova para nós. Nunca trabalhamos diretamente com eles. Mas se você olhar para empresas internacionais, como Chevron, Equinor e Shell, já temos experiência e demonstração de execução. Isso facilita trabalhar com essas empresas no Brasil.

Quais soluções a Deepsea Technologies vai oferecer para o mercado brasileiro?

O nosso plano é oferecer todo o nosso portfólio de soluções e equipamentos para os projetos do Brasil. São equipamentos voltados para sistemas de pipelines, sistemas de controle, ferramentas e equipamentos para intervenção e descomissionamento de campos.

Esse mercado de descomissionamento terá um bom crescimento no Brasil. Até agora, o descomissionamento de estruturas que estão no fundo do mar era feito em uma escala muito pequena. Para o futuro, passará a crescer a necessidade de remover toda essa malha de equipamentos. A ideia é oferecer soluções e trabalhar com empresas que estão nesse âmbito de descomissionamento.

Resumindo, todo o portfólio que oferecemos fora do Brasil será ofertado no país também. Seja fabricado no Brasil, na estrutura que temos no país, ou fabricado no exterior.

O senhor poderia detalhar como será a estrutura física da empresa no Brasil?

Deepsea Facility Brasil Aerial-2Decidimos por investir em uma área operacional fabril no Espírito Santo, na Grande Vitória. Temos uma área, dentro de um parque industrial, voltada à fabricação, montagem e teste de equipamentos. Essa é nossa base operacional no Brasil. E, como falei anteriormente, temos também um suporte de uma estrutura bem grande nos Estados Unidos para fabricação, teste e desenvolvimento de tecnologias. E temos também uma estrutura forte de engenharia e de fabricação e desenvolvimento de produtos na Índia. Estes são os três centros operacionais que temos hoje. Dentro dessas três posições geográficas, entendemos ter uma capacidade forte de produção e competitividade.

Agora mesmo, estamos acabando de entregar equipamentos que estão sendo fabricados no Brasil e serão exportados para uma outra região. Sempre estudamos onde é a melhor posição geográfica para ofertarmos um produto de qualidade com competitividade financeira.

E como andam os trabalhos de prospecção de novos negócios no Brasil?

Estamos com um time comercial trabalhando nisso há mais de um ano. Estamos sendo muito bem aceitos pelos clientes, até pelo fato de sermos uma empresa conhecida por alguns deles fora do Brasil. Temos um volume significativo sendo cotado para fornecimento de projetos no Brasil.

Como está o processo de buscar o relacionamento com a Petrobrás?

Hoje, temos dois equipamentos específicos que estamos discutindo com a Petrobrás para apresentação de tecnologia. São duas tecnologias que eles demonstraram interesse. Estamos nesse processo de avaliação técnica junto com o corpo técnico da Petrobrás para que no momento que estas duas tecnologias forem entendidas e aceitas, passaremos a discutir a comercialização e fabricação destes componentes no Brasil.

O senhor poderia citar quais tecnologias são essas?

Uma delas é uma tecnologia relacionada à conexão de risers flexíveis e umbilicais às plataformas sem nenhuma intervenção de mergulhador ou ROV. Isso dá uma vantagem de ser uma conexão mais rápida. Temos esse equipamento instalado no Brasil em um projeto que fizemos para a Equinor no passado, em Peregrino. Fizemos também esse trabalho para a OGX. Hoje, estamos debatendo tecnicamente com a Petrobrás para tentar colocar essa tecnologia em alguns dos projetos deles.

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VINICIUS OLIVEIRA DE ALMEIDALeandro Silveira Recent comment authors
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Leandro Silveira
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Leandro Silveira

Parabéns deepsea, com este investimento concerteza a empresa será um grande potencial na área de oléo e Gás em todo território nacional

VINICIUS OLIVEIRA DE ALMEIDA
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VINICIUS OLIVEIRA DE ALMEIDA

Sucesso DEEPSEA !
Desejo que aumente cada vez mais a parceria Petrobras x Deepsea.