DEFASAGEM NO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS CUSTARAM À PETROBRÁS R$ 104 BILHÕES EM TRÊS ANOS | Petronotícias




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DEFASAGEM NO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS CUSTARAM À PETROBRÁS R$ 104 BILHÕES EM TRÊS ANOS

bomba-de-gasolinaA Petrobrás deixou de arrecadar R$ 104 bilhões devido aos preços do diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo entre 2011 e 2013, levando-se em conta os preços praticados no mercado internacional. Esse valor é próximo ao do aumento da dívida líquida da estatal verificado no período, que saiu de R$ 103 bilhões para R$ 222 bilhões. Os dados são de estudo liderado por Edmar de Almeida, do Grupo de Economia da Energia (GEE) da UFRJ.

Levando-se em conta um cenário no qual a estatal praticasse preços similares ao patamar internacional, a estatal teria receitas maiores em R$ 66,3 bilhões com o diesel, R$ 34,9 bilhões com a gasolina e R$ 3 bilhões com o gás liquefeito de petróleo. Segundo Almeida, a defasagem aparece como um fator preponderante no aumento da fragilidade da empresa. “Isso está acontecendo em um momento no qual se necessita de caixa elevado para os investimentos ligados à exploração do pré-sal”, disse.

Como consequência disso, o setor de refino de derivados de petróleo é considerado atualmente pouco atrativo para novos investimentos externos, o que aumenta a importância da saúde financeira da Petrobrás no parque de refinarias do país. Hoje, a estatal é responsável por 90% do que o Brasil refina. “É legítima a preocupação do governo com a inflação, mas não se pode transferir os custos para a empresa, que precisa de mais liberdade para fixar seus preços”, afirmou Almeida.

Uma alternativa aos reajustes concedidos pelo governo, segundo o pesquisador, é a criação de um fundo para amortecer grandes variações nos preços internacionais ou no câmbio. O dinheiro, que poderia vir do Tesouro, serviria como um colchão para resguardar a inflação sem afetar diretamente o caixa e o nível de investimentos da Petrobrás.

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