DEFESA DE LULA RECORRE À ONU PARA ACUSAR JUIZ SÉRGIO MORO DE VIOLAR DIREITOS
O ex-presidente Lula e a sua defesa parecem pressentir que os tempos de liberdade estão esgotando para ele a medida que vão se aprofundando as investigações que a força tarefa da Lava Jato está fazendo. Agora, nesta quinta-feira ( 28) decidiu recorrer à Comissão de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sergio Moro, acusando-o de violar direitos. Tanto Lula quanto a sua defesa, esqueceram que é o Ministério Público e uma força tarefa que envolve diversos órgãos de controle federal é que está a frente das apurações.
A defesa do ex-presidente contratou um escritório britânico especializado em direitos humanos. O advogado Geoffrey Robertson questiona a imparcialidade de Moro por ele ter comparecido ao lançamento de um livro sobre a Lava Jato. A defesa de Lula pediu formalmente que Moro se considere impedido, o que ele já rejeitou. A iniciativa tomada agora, segundo a defesa, é porque esgotaram os recursos no Judiciário nacional. Os advogados sustentam que o Brasil assinou um protocolo de adesão a um acordo de proteção aos direitos humanos em 2009. A linha de defesa será o constrangimento para que se mantenda firme em suas convicções.
O ex-presidente é investigado na Operação Lava Jato, que apura se ele foi favorecido por empreiteiras com reformas de um sitio em Atibaia e em um tríplex em Guarujá, litoral de São Paulo. O caso foi enviado ao STF em março, mas já voltou à responsabilidade de Sérgio Moro, em junho. A petição questiona a “privação de liberdade” representada pela ordem de prisão coercitiva na 24ª fase da Lava Jato, em março. Para a defesa do ex-presidente, o Juiz Moro também antecipou juízo de valor ao imputar crimes ao petista em documento ao Supremo Tribunal Federal.
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