DELAÇÃO ENVOLVE TAMBÉM O EX-GERENTE EXECUTIVO DA PETROBRÁS PEDRO BARUSCO
A base para decisão da prisão de Renato Duque foram as informações prestadas pelos executivos da Toyo Setal, Julio Gerin Camargo e Augusto Mendonça de Ribeiro Neto. Eles afirmaram em suas delações nos autos da Operação Lava Jato que o ex-diretor de Serviços e Engenharia Renato Duque recebeu propina referente às obras das refinarias Repav (São José dos Campos), Repar (Paraná) e Replan (Paulínia, SP), no complexo petroquímico Comperj (RJ) e nos gasodutos Cabiúnas e Gasoduto Urucu Manaus. A delação aponta também o envolvimento do ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco, que aparece pela primeira vez em todo escândalo. Barusco seria um elemento de grande importância em todo esquema, segundo a delação de Camargo e Augusto Mendonça. Barusco não foi preso porque está colaborando com a Polícia Federal e com o Ministério Público nas investigações. Ele já contou aos investigadores ter recebido US$ 100 milhões em função de contratos da Petrobrás ligados ao esquema, e disse ter repassado uma parte significativa a Duque.
O pedido de prisão informa que :
“Os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobrás, como na Repav, Cabiúnas, Comperj, Repar, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínea, a Renato Duque”.
As afirmações feitas nas delações tem “detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas”, informam os procuradores.
Eles narraram “todo o esquema de cartelização, lavagem e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, confirmando não só a participação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, mas das demais empreiteiras e ainda o envolvimento de Renato Duque, Diretor de Serviços da Petrobras, e Fernando Soares, vulgo Fernando Baiano, outro operador encarregado de lavagem e distribuição de valores a agentes públicos”.
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