JULIO CAMARGO DIZ TER PAGO R$ 12 MILHÕES EM PROPINAS A RENATO DUQUE E BARUSCO
Julio Camargo (foto), um dos executivos que concordaram em colaborar numa delação premiada para a Operação Lava-Jato, afirmou ter pago aproximadamente R$ 12 milhões em propina para Renato Duque e Pedro Barusco, ex-diretor e ex-gerente, respectivamente, do setor de Engenharia e Serviços da Petrobrás. A taxa se refere ao contrato da Refinaria de Araucária, no Paraná, que foi vencido pelo Consórcio CCPR, formada por Camargo Corrêa e Promon.
Ele ainda seguiu o tom dos executivos acusados pela Operação Lava-Jato, dizendo que o pagamento de propinas era uma “regra do jogo”, e que a empreiteira que não o fizesse corria o risco de não conseguir ou ter os contratos cancelados. O executivo foi taxativo ao afirmar que houve um momento em que os pedidos de propina passaram a se tornar desnecessários. O valor vinha embutido no custo total, e era tratado com naturalidade, como um pagamento pela “vontade de se obter sucesso”.
Acusado de ser o intermediador entre o pagamento de propinas do grupo Toyo Setal a diretores da estatal pela Operação Lava-Jato, Camargo afirmou que o superfaturamento de cerca de 1% era negociável. “No meu caso, sempre negociei para menor e nunca para maior. Eu paguei em torno de R$ 12 milhões. A maioria dos pagamentos eram feitos em contas indicadas no exterior e outra parte em reais aqui no Brasil”, revelou. O executivo afirmou não saber de qualquer propina para o setor de Abastecimento nesse contrato, e não titubeou ao apontar o nome dos envolvidos no setor de Engenharia. “Na área de Engenharia, especificamente, doutor Renato Duque e doutor Pedro Barusco”, disse.
Em relação ao Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, o Comperj, Julio Camargo manteve o que havia afirmado em delação premiada. Segundo o executivo, foram realizados pedidos de propina por Duque, de Engenharia, e por Paulo Roberto Costa, de Abastecimento. Camargo negou, porém, que tenha sido o responsável pelas taxas nesse caso, indicando UTC e Odebrecht, que integravam o Consórcio TUC com a Toyo Setal, como as agentes da transação. O estágio das obras e o status do contrato levam a crer, de acordo com Camargo, que o pagamento foi mesmo realizado.
A Odebrecht negou qualquer tipo de relação escusa para ganhar contratos com a Petrobrás, chamando as acusações de Camargo de “afirmações caluniosas”, e reiterando que a testemunha se trata de um réu confesso.
Pelo desenrolar da delação premiada de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousef, percebemos que a Policia Federal esta evoluindo de forma sistemática e eficiente nas investigações Lava Jato e, neste momento, já poderia colocar por trás das grades uma meia dúzia de malfeitores ai incluído: Diretores e Gestores da Petrobras, políticos, lobistas e empresários corruptos e corruptores. Considerando que as duas CPI’s instaladas no Congresso deveria “depurar” todos os atos de corrupções ocorridos na Petrobras, além do caso Pasadena, não ouvimos falar, por exemplo, sobre os nefastos acordos PETROBRAS/ABEMI celebrados pelo Ex-Gerente Executivo da Engenharia e atual gestor… Read more »