DELATOR DE DIRCEU FICA EM SILÊNCIO NA CPI DA PETROBRÁS, MESMO EM REUNIÃO FECHADA
A expectativa era por novas revelações ou reafirmações quanto ao recebimento de propina pelo ex-ministro José Dirceu, no entanto, a sessão de depoimento de Milton Pascowitch (foto) se deu a portas fechadas. Para frustração completa de todos, o delator da Operação Lava Jato optou por permanecer em silêncio, por orientação dos seus advogados.
Pascowitch comunicou aos presentes que, mesmo em uma reunião fechada, ficaria em silêncio. Segundo o delator, dentro dos termos de sua delação premiada está assinado sigilo absoluto, até mesmo na CPI. Mesmo sem falar nada, a sessão durou uma hora e meia.
Uma dúvida quanto à legalidade do silêncio de Pascowitch foi levantada pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). O parlamentar lembrou que a CPI tem autoridade de polícia conferido pela Constituição, o que poderia obrigar o delator a colaborar, por já ter feito a delação. Um estudo encomendado pelo DEM também foi apresentado e o partido acredita que o silêncio pode comprometer os benefícios da delação.
O imbróglio legal em torno da questão pode continuar, já que parlamentares anunciaram que pedirão à 13ª Vara Federal de Curitiba que cancele os benefícios do delator por ter se mantido em silêncio, mesmo em uma reunião de portas fechadas.
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