DELTA RECEBE ÚLTIMA CHANCE DA JUSTIÇA ANTES DE TER A FALÊNCIA DECRETADA

A última chance antes da falência, a Delta recebeu da justiça do Rio de Janeiro: foi  pedido de recuperação judicial – a antiga concordata – das empresas do Grupo Delta.  Esta decisão suspende por seis meses todas as execuções judiciais contra o grupo. O pedido foi deferido pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro ( foto), titular da 5ª Vara Empresarial da Capital. A juíza aceitou o pedido, apesar de reconhecer que a Delta vem sendo alvo de inúmeras denúncias de contratações irregulares de obras pelo Brasil, com desdobramentos que alcançam até os mais altos cenários da vida política do país.  Mas reconhece que “ a preservação da empresa, como unidade produtiva geradora de empregos e contribuinte fiscal do Estado, cuja sobrevivência interessa à sociedade como um todo”, relata em seu despacho.

A empresa acredita que esta decisão lhe dê tempo para reorganizar a empresa para renegociar as dívidas e  dar continuidade às operações, o que será extremamente delicado, pela depois da decisão da CGU considerar a empresa inidônea. A Delta já saiu de algumas obras e foi afastada de outras. Ou acusada de de irregularidades ou por ineficiência, como foi o caso do Comperj.  A decisão da justiçai  também permite aos credores acompanhar a atuação financeira da empresa. A Deloitte Touche Tohmatsu será a administradora judicial da Delta. As empresas terão 15 dias para juntar certidões negativas criminais dos administradores e sócios controladores das empresas e outros 60 dias para apresentar o plano de recuperação, caso contrário, será decretada a falência.