DEPARTAMENTO DE ENERGIA AMERICANO AUMENTA INCENTIVO PARA A CONSTRUÇÃO DE PEQUENOS REATORES MODULARES

REATOR MODULAR

Um novo relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), revela que o governo federal americano já  forneceu mais de US$ 51 bilhões em incentivos ao longo da última década para ajudar a implantar tecnologias renováveis de energia. O estudo também projeta que se os mesmos tipos de incentivos fiscais e mandatos fossem aplicados a pequenos reatores modulares (SMRs), o governo poderia ver um retorno sobre o investimento,  três vezes mais barato por quilowatt/hora (KWh) do que os investimentos históricos em energia eólica e solar. As energias renováveis representaram quase metade da capacidade instalada em 2017 e deverão ser a fonte de energia que mais cresce até 2040.

À medida que as maiores penetrações de fontes renováveis se tornarem on-line, novas oportunidades surgirão para ajudar a trazer a confiabilidade da rede de fornecimento,  algo que as SMRs poderiam encontrar como uma fonte de energia flexível e livre de carbono. O novo relatório ( Exame da Assistência Financeira Federal no Mercado de Energia Renovável )  examina o apoio financeiro do governo estadual, local e federal que foi usado para estimular o desenvolvimento da energia eólica e solar. Segundo o estudo, as duas tecnologias receberam US$ 51,2 bilhões de 2005 a 2015 na forma de mandatos, incentivos fiscais, empréstimos e bolsas de pesquisa. Aproximadamente 90% disso veio na forma de subsídios, que incluíam créditos fiscais para investimentos e produção. Como resultado, a capacidade solar cresceu quase 78 megawatts nesse período, com a capacidade eólica adicionando mais de 446.000 megawatts.

Hoje, as duas tecnologias atualmente produzem cerca de 8% da eletricidade dos Estados Unidos e criaram milhares de empregos para a economia. De acordo com o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos,  acredita-se que instaladores solares e técnicos em energia eólica sejam as dias ocupações que mais crescem no mercado americano até 2026. Se esses mesmos incentivos fossem aplicados a SMRs, o governo federal poderia ver outro retorno atraente sobre seu investimento potencial. Os SMRs são menores e mais baratos de construir do que as usinas nucleares tradicionais e podem oferecer suporte flexível às energias renováveis para atender às demandas adicionais de energia na rede. O novo relatório do DOE estima que seriam necessários cerca de US$ 10 bilhões em incentivos para implantar 6 gigawatts de capacidade de SMR até 2035. O estudo prevê que o investimento seria três vezes mais barato, dado o mesmo suporte histórico para energia eólica e solar. Isso se deve em grande parte ao esperado fator de alta capacidade de SMRs em 92% e suas longas vidas operacionais.

Em 2017, as usinas nucleares tiveram o maior fator de capacidade de qualquer fonte de energia, executando mais de 92% do tempo. As usinas eólicas e solares operaram abaixo de 40%. O governo federal já está investindo no apoio inicial a reatores avançados e SMRs por meio de projetos de financiamento com custos compartilhados, garantias de empréstimo e a extensão de créditos fiscais de produção para projetos nucleares concluídos após 2020. O DOE concedeu à NuScale quase US$ 50 milhões este ano para apoiar o desenvolvimento de design e o licenciamento de sua tecnologia SMR. O projeto da empresa com sede em Oregon está atualmente sendo revisado pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA e deve ser o primeiro SMR comercial avançado do país até 2026.