DEPENDÊNCIA DE PETRÓLEO E GÁS NA OFERTA DE ENERGIA NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA CAIU NOS ÚLTIMOS 10 ANOS | Petronotícias





DEPENDÊNCIA DE PETRÓLEO E GÁS NA OFERTA DE ENERGIA NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA CAIU NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

53804054442_eff0164aed_wA matriz energética brasileira tem passado por mudanças importantes nos últimos 10 anos, conforme revelado pelo Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). Os dados, divulgados nesta semana, mostram uma redução na participação de petróleo e derivados, que passou de 39,2% para 35,1%, e do gás natural, de 13,5% para 9,6% no período. Essas mudanças evidenciam os avanços do país na diversificação e sustentabilidade da oferta energética nacional.

A redução na dependência de fontes fósseis reflete o nosso esforço contínuo para fortalecer a renovação do setor energético nacional. Nos últimos anos, nossas políticas públicas e investimentos estratégicos têm impulsionado o crescimento de fontes alternativas, como energia solar, eólica e biomassa. Essa transição contribui significativamente para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE)”, destaca o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em 2023, a oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) registrou um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior. A participação de renováveis na matriz energética foi marcada pela manutenção da oferta de energia hidráulica, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução do uso das usinas termelétricas a partir de combustíveis fósseis como gás natural e derivados de petróleo.

Estes movimentos associados à presença marcante das diversas biomassas utilizadas como fontes energéticas, contribuíram para que a matriz energética brasileira se mantivesse em um patamar renovável de 49,1%, muito superior ao observado no resto do mundo e nos países da OCDE.

No caso da energia elétrica, verificou-se crescimento na oferta interna de 33,1 TWh (+4,8%) em relação a 2022. A participação de renováveis na matriz elétrica ficou em 87,9% em 2023. A geração solar fotovoltaica atingiu 50,6 TWh crescendo 68,1% e a sua capacidade instalada alcançou 37.843 MW, expansão de 54,8% em relação ao ano anterior. A geração hidrelétrica se manteve estável. Já a geração eólica atingiu 95,8 TWh (crescimento de 17,4%) e a sua potência instalada alcançou 28.682 MW, expansão de 20,7%.

O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia. O Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional – BEN 2024 está disponível neste link.

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