DEPOIMENTO APONTA PAGAMENTOS PARCELADOS A EX-DIRETOR DE SERVIÇOS

O depoimento prestado pelo engenheiro Shinko Nakandakari nesta semana à Justiça Federal reafirmou informações dadas pelo acusado de ser operador de uma dos esquemas na Petrobrás. Shinko disse ter feito pagamentos parcelados, que variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil ao ex-diretor de serviços da estatal Renato Duque (foto), em encontros em hotéis na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Shinko afirmou que além do trabalho técnico, “também tinha o trabalho de entregar propina” e afirmou ter encontrado Duque umas 10 vezes entre julho de 2011 e março de 2012. Os pagamentos eram relativos à aprovação de aditivos em contratos da Galvão Engenharia. Antes disso, entre 2008 e junho de 2011, o engenheiro afirmou que os repasses eram feitos por meio do ex-gerente Pedro Barusco.

Além de Shinko Nakandakari, outras pessoas foram ouvidas na Justiça nesta semana, incluindo o ex-presidente da Toyo-Setal, Maurício Godoy, que fechou acordo de leniência com o Ministério Público Federal.

Em depoimento, ele reconheceu ter participado de encontros onde eram acordados valores de contratos e preferências de cada empreiteira por determinadas obras.