DEPOIS DA REUNIÃO DO CNPE DE AMANHÃ, O PRESIDENTE LULA PODE ANUNCIAR O REINÍCIO DAS OBRAS DA USINA NUCLEAR ANGRA 3
E ATENÇÃO! (como diziam os antigos e acreditados telejornais): mesmo em meio a muitas desconfianças do governo, amanhã (10), o Brasil poderá ter uma grande surpresa e garantir um motivo de muita festa e comemoração para o setor nuclear nacional. Depois de tantas idas e vindas, deve ser anunciada amanhã (ufa!), finalmente, a autorização para a conclusão da Usina Nuclear Angra 3. Toda costura política, envolvendo o Presidente Lula, o Ministro Ruy Costa, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e até o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi feita em diversas reuniões, para que o anúncio seja feito logo depois da reunião do CNPE marcada para amanhã (10). Silveira disse em Brasília que “ Em um país continental como o Brasil não há energia limpa e renovável sem essa fonte energética.”
Já era tempo. Para lembrar, a obra de construção de Angra 3 iniciou em 1981 e foi paralisada diversas vezes por aumentos de custos na construção. Depois, a obra da usina, alvo de um esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, envolvendo empresas, empresários e muitos políticos, foi interrompida. Ela já consumiu investimentos de R$ 8 bilhões e tem 65% de avanço físico. A conclusão de Angra 3 precisará de aproximadamente R$ 20 bilhões. Estes custos seriam repassados aos consumidores das distribuidoras de energia e pagos no valor da venda da energia ao mercado.
A proposta é de uma tarifa de comercialização de R$ 653,31/MWh, que consta em estudo entregue pelo BNDES em setembro. Cópia do estudo também foi entregue à Eletronuclear, ao Ministério de Minas e Energia (MME) e aos acionistas (ENBPar e Eletrobras) ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deverá dar o sinal verde amanhã. O valor da tarifa é inferior ao custo de diversas outras térmicas, medidas pelos chamados Custos Variáveis Unitários (CVU).
Em entrevista exclusiva ao Petronotícias, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, anunciou a previsão de realizar, no primeiro semestre do ano que vem, a licitação internacional para contratar o consórcio EPCista responsável por finalizar a obra. A assinatura do contrato com o vencedor da concorrência está prevista para o segundo semestre de 2025, permitindo a entrega da usina até o início de 2031.
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