DEPOIS DE CEM ANOS, SHELL DESISTE DE PRODUZIR PETRÓLEO NO IRAQUE PARA SE DEDICAR APENAS A EXPLORAÇÃO DE GÁS
A Shell vai encerrar a produção de petróleo no Iraque após quase cem anos. A empresa vai abandonar dois campos no país para focar em negócios que considera mais rentáveis no desenvolvimento de recursos em gás. A saída da Shell evidencia os desafios que os operadores estrangeiros estão enfrentando em seus contratos de petróleo no Iraque, que têm baixas margens, apesar do país ter uma das maiores reservas de petróleo do mundo e buscando incentivar a produção após anos de conflitos que impactaram a indústria. A Shell já fez um acordo com o Ministério de Petróleo do Iraque para renunciar às operações no campo de Majnoon, que será devolvido ao governo após mudanças desfavoráveis em termos fiscais. A empresa também está vendendo sua fatia de 20% no campo West Qurna 1, ao sul do país, que é operado pela Exxon Mobil.
A Shell vai parar de produzir petróleo, mas disse que segue comprometida em produzir gás no Iraque e que irá focar no desenvolvimento e expansão da Basra Gas Company, que processa gás dos campos de Rumaila, West Qurna e Zubair. A empresa tem uma fatia de 44% numa joint venture.A companhia produziu quase 20 milhões de barris de petróleo no Iraque em 2016, o que respondeu por cerca de 3,5% da produção total da empresa no ano passado. Por meio de sua subsidiária, a Anglo Saxon Oil Company, a Shell esteve em meio a um consórcio de companhias europeias que adquiriu em 1912 concessões junto ao Império Otomano para explorar óleo no que hoje é o Iraque. O petróleo foi encontrado 15 anos depois.
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