DEPOIS DE LONGA ESPERA, PETROBRÁS CONSEGUE REAJUSTE DE COMBUSTÍVEIS
A queda de braço entre o desejo de controle da inflação, por parte do governo, e da necessidade de reajustar o preço dos combustíveis, defendida pela Petrobrás, ainda não chegou ao fim, mas parece que uma trégua foi selada. A estatal, depois de meses reivindicando o aumento, para reduzir o prejuízo que tem tido com a importação a preços mais altos, conseguiu uma resposta positiva, para reajustar a gasolina em 4% e o diesel em 8%, valendo a partir deste sábado (30). No entanto, analistas dizem que a defasagem em relação ao cenário internacional é maior, de 15% para a gasolina e 20% para o diesel antes do aumento.
Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, vinham sendo questionados a todo momento sobre a mudança na avaliação da política de preços da petroleira, curiosidade gerada após Graça dizer que a diretoria iria propor ao conselho uma nova metodologia de reajustes.
Em comunicado na sexta à noite, após reunião do conselho, a Petrobrás não esclareceu os termos da nova metodologia, assim como não deu informações sobre o que foi aprovado e o que foi vetado, mas afirmou que terá como objetivo “assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação desta política de preços de diesel e gasolina”.
A empresa disse ainda que pretende alcançar a convergência de preços no Brasil com as referências internacionais, mas ressalvou que não irá repassar a “volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico”.
O último reajuste do diesel havia sido em 6 de março deste ano, em 5%, e o da gasolina, de 6,6%, em 30 de janeiro, data em que o diesel também passara por aumento, de 5,4%.
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