DEPOIS DE MUITOS DEBATES NA COREIA DO SUL SOBRE UM ACORDO GLOBAL CONTRA OS PLÁSTICOS, DECISÃO FINAL FICOU PARA 2025
O Comitê de Negociação Intergovernamental da ONU de promover uma nova rodada internacional em 2025, não chegou a um Acordo Global do Plástico, embora esse fosse o objetivo depois da reunião na Coréia do Sul, envolvendo governos e instituições de várias países. Embora as expectativas sejam altas em todo o mundo para que se chegue a um consenso, o tema agrupa países em diferentes estágios de desenvolvimento social, econômico e ambiental, sendo natural um prolongamento do debate. A Abiquim, que esteve presente e participou dos debates, segue defendendo a necessidade de os países assinarem um acordo legalmente vinculante para eliminar a poluição plástica, principalmente em ambientes marinhos, focando no gerenciamento adequado dos resíduos e em uma economia circular.
A Abiquim acredita que o acordo deve regular e harmonizar regras globais, com base científica, sem impor proibições ou limitações à produção de plásticos, o que poderia
prejudicar o desenvolvimento econômico, especialmente em países em desenvolvimento. O acordo é uma oportunidade para que se construam mecanismos que podem contribuir para criar, pela primeira vez, para qualquer produto existente, uma economia verdadeiramente circular a partir de diretrizes globais respeitando realidades nacionais. Em seu comunicado, a associação disse que “Defendemos uma abordagem que considere os aspectos ambientais, sociais e econômicos, com instrumentos como o redesenho de produto, a transferência de tecnologia, o incentivo à reciclagem, à gestão adequada de resíduos e, muito importante, mecanismos de financiamento para que isso ocorra em um ambiente de transição justa para os países em desenvolvimento e para populações mais vulneráveis a impactos econômicos.”
A indústria química entende que é importantíssima a manutenção da posição equilibrada demonstrada pelo Brasil nas negociações, baseada no conceito firme de desenvolvimento sustentável, procurando combinar sempre as dimensões social, econômica e ambiental para a criação de mecanismos efetivos de eliminação da poluição e que, ao mesmo tempo, proporcionem um novo modelo de produção que permita ao país não recuar em seu desenvolvimento e trajetória de superação da pobreza. “Pressões nem sempre justas, e na maioria das vezes também nem sempre preocupadas com o avanço efetivo do acordo, tentam retirar o Brasil dessa trajetória. Compreendemos as diversas posições em diálogo na sociedade e no governo e temos trabalhado para construir um caminho sem radicalismos, por entender que é plenamente possível uma solução que combine benefício social, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Essas não são dimensões que se opõem, mas que se combinam,” diz a associação. A Abiquim manifestou total apoio à delegação do Brasil na defesa dos interesses da sociedade brasileira durante as negociações do Acordo.
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