DEPOIS DE PARALISAÇÃO NA UTC, GREVE PODE VOLTAR EM ESTALEIROS DE NITERÓI E ITABORAÍ
Os estaleiros de Niterói e Itaboraí podem ter um dia conturbado hoje, se o Sindicato dos Metalúrgicos das duas cidades (Stimmmeni) resolver paralisar novamente as atividades por melhorias salariais e mais benefícios. O diretor do Stimmmeni Francisco José Borges Veríssimo contou que os funcionários da UTC ficaram parados por três dias e receberam aumento de 10%, mais R$ 250 de vale-refeição e isenção dos dias parados. “Todo mundo vai querer a mesma coisa”, afirmou.
Os trabalhadores dos estaleiros da região, entre eles Enaval, Enave, Aliança, Mauá e STX, pleiteavam um aumento de 16% nos salários, mais vale de R$ 350, entre outros benefícios, mas tiveram a greve considerada abusiva pela justiça e foram obrigados a voltar ao trabalho na última semana. O acordo fechado entre as empresas e os trabalhadores ficou em 8% de aumento salarial, mas as negociações continuaram, apesar do fim da greve.
Com a mudança no estaleiro da UTC, pode haver uma intenção de voltar com a greve, mas nada foi definido ainda. “Vamos ver, o dia está só começando”, afirmou Borges Veríssimo, sobre a possibilidade de decretarem nova greve.
O Sinaval, sindicato ao qual a UTC é filiada, não quis se manifestar sobre o caso, nem confirmou se houve a paralisação por três dias. O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Rio de Janeiro (Simmerj), que representa alguns outros estaleiros, afirmou que não tem informação sobre greve, mas as negociações continuam acontecendo. No entanto, a UTC confirmou os três dias de paralisação e os termos acordados.
De acordo com o Sinaval, “Niterói e Itaboraí representam cerca de 10 mil empregos nos estaleiros locais, cerca de 18% do total do emprego gerado pelo setor de construção naval no Brasil”.
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