DEPUTADO QUER APROXIMAÇÃO DOS SETORES DE PETRÓLEO E ENERGIA COM O CONGRESSO PARA SE OBTER BONS RESULTADOS | Petronotícias




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DEPUTADO QUER APROXIMAÇÃO DOS SETORES DE PETRÓLEO E ENERGIA COM O CONGRESSO PARA SE OBTER BONS RESULTADOS

Cristino_AureoA ligação entre as entidades representativas tanto do setor de energia quanto do setor de petróleo e gás com o Congresso, é vista pelo Deputado Christino Áureo, como um fator preponderante para o crescimento desses segmentos na economia. Ele acredita que essa aproximação vai produzir grandes efeitos, com respeito à ética e ao compliance das empresas, com respeito a uma política que ele identifica como sendo feita com o ‘P’ maiúsculo. Christino Áureo construiu sua história no Rio de Janeiro atuando em diversos setores. Por isso mesmo, desfruta de prestígio e respeito pelos líderes do segmentos de óleo e gás, principalmente pela forma como atua. Em sua opinião, a criação da frente parlamentar para o desenvolvimento sustentável do petróleo e energias renováveis, que ele lidera, trouxe resultados impactantes e afinados com os objetivos as duas indústrias, tendo alcançado bons resultados. O Deputado Christino Áureo participou do nosso projeto Perspectivas 2020. Veja as suas opiniões:

– Como viu o setor no ano de 2019?

O setor teve avanços importantes, principalmente a retomada da sua curva de crescimento no Brasil, garças à continuidade dos avanços ocorridosFPSO desde 2017, com maior destravamento dos leilões. Isso representa a possibilidade concreta da exploração de áreas no setor de óleo e gás que vinham sendo, de alguma maneira, proteladas por erros no modelo. O modelo de partilha e tudo que se empreendeu nesse setor desde a virada de 2010 para cá foram impactantes negativamente para o segmento, e essa curva começa a ser revertida. De um modo geral, o resultado foi bom, com um ou outro entrave. De uma forma abrangente, acho que foi positivo.

 Um fato de 2019 foi a criação da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e Energias Renováveis (FREPER). Foi um marco. O setor de petróleo no Brasil ganhou relevância a partir dos anos 1950 e, desde lá, nada tão representativo havia acontecido no Congresso quanto a criação da FREPER. Isso dá espaço para que possamos desenvolver várias linhas de atuação conjuntas entre os setores de óleo e gás e energias renováveis junto a deputados e senadores. Foi um marco muito significativo de 2019, algo que fazia parte da nossa plataforma desde a campanha para a deputado federal. Que essa Frente tivesse presença e espaço dentro da Câmara e do Senado, que é o que está acontecendo.

Energia EólicaTemos uma frente com adesão de mais de 200 parlamentares e que tende a se solidificar para o futuro. Outro marco de 2019 foi termos vencido a questão da cessão onerosa, fazendo com que os leilões acontecessem, os estados e municípios terem participado da distribuição do bônus de assinatura. Foi um ano com avanços da lei do gás, que está em revisão dentro do Congresso desde 2013. Seis anos depois, conseguimos produzir um novo modelo e tenho muita honra de ter sido o deputado que mais apresentou emendas acatadas dentro da Comissão de Minas e Energia. Tudo isso me enche de esperança de que tenhamos um novo marco para o setor de gás, que pode, de fato, como insumo, como fonte de energia, reindustrializar a economia brasileira.

– Qual é a sua expectativa para 2020?

A minha expectativa para 2020 é que reforcemos mais o trabalho da Comissão de Minas e Energia, uma das mais importantes do Congresso Nacional, na Câmara. Que ela possa responder esses desafios que envolvem a transição energética. Temos muito trabalho pela frente. Óleo e gás são combustíveis fósseis e finitos, mas teremos tempo para que essa transição das energias renováveis aconteça. Vamos consolidar os avanços de 2019 e, ao mesmo tempo, tenho a certeza de que conseguiremos licitar as áreas de pré-sal que ainda ficaram pendentes, fazendo com que o Rio de Janeiro, que é um estado bastante dependente ainda dessa fonte, e os seus municípios tenham ingresso energia-solardesse recurso e a dinamização do mercado de trabalho, que é algo muito importante que aconteça.

– O que gostaria de sugerir para que o seu segmento de negócios fosse mais ativo?

É um setor que, durante muito tempo, se manteve muito à margem da relação com a política, principalmente porque o monopólio da Petrobrás fazia com que esse alinhamento quase que fosse automático. Ou seja, a Petrobrás, como monopolista na sua relação com o Governo Federal, também estabeleceu vínculos com a Câmara e com o Senado, que eram muito ligados à atuação de governo. Hoje, vejo que segmentos diferenciados fazem esforço para que sejam representativos no Congresso, como o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), a BRASILCOM, a ABESPetro, diversas entidades do setor de energias renováveis, como a ABEEólica, ABSOLAR e empresas de produção e distribuição de energia hidroelétrica.

 Eu gostaria que essa aproximação se desse de maneira mais intensa, e que o setor entendesse que a valorização do papel dos parlamentares no Congresso, antes de ser uma coisa personalista, desse ou daquele parlamentar, fosse, de fato, a expressão da importância da democracia, da representatividade parlamentar, para fazer com que pautas importantes do setor pudessem evoluir. Acho que esse é o principal fator: aproximação entre o segmento e os congressistas. Vai produzir grandes efeitos com respeito à ética, ao compliance das empresas, com respeito a uma política feita realmente com ‘P’ maiúsculo.

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