DEPUTADOS CITADOS NA LISTA DE JANOT RENUNCIAM NA CPI DA PETROBRÁS

Os deputados federais Sandes Junior (PP-GO) e  Lázaro Botelho (PP-TO) renunciaram às vagas que ocupavam na CPI da Petrobrás. Desde a nomeação dos parlamentares, diversos partidos começaram a fazer pressão pedindo a saída dos congressistas, investigados pelo Ministério Público no escândalo da estatal. Além da comissão, Botelho (foto) também irá desocupar se cargo no Conselho de Ética, onde ocupa vaga de titular.

“Primeira coisa que fiz quando cheguei hoje (terça) em Brasília foi me afastar da comissão. Até porque a gente acaba sendo mais visado que os outros investigados, que são menos citados”, justificou Sandes Júnior, que, por ser suplente na comissão, não participou do depoimento de Pedro Barusco realizado hoje (10).

O deputado tocantinense, através da sua assessoria de imprensa, declarou que preferiu sair para não “atrapalhar” a sequência dos trabalhos da CPI e do conselho. Entende que sua presença poderia “embaraçar e atrasar” o andamento desses colegiados

Cacá Leão (PP-BA), filho do ex-deputado e atual vice-governador da Bahia, João Leão (PP-BA), também investigado pelo MP, deixou a CPI como seus colegas. Ao contrário de Botelho, Cacá irá manter sua vaga no Conselho de Ética da casa.

“Não pretendo deixar o Conselho de Ética. Não há nada que me impeça de participar. Meu nome não foi citado em lugar nenhum. Já está acordado com o partido. Não participo mais da CPI da Petrobrás, mas permaneço no conselho”, declarou Cacá Leão.

Na última sexta-feira (06), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma lista com 50 nomes a serem investigados, em 21 pedidos de investigação. Entre eles, 12 senadores, 22 deputados e 13 ex-deputados, além do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do operador do esquema Fernando Soares, o Baiano.