DEPUTADOS DO RIO DE JANEIRO SE REÚNEM COM O MINISTRO DE MINAS E ENERGIA PARA DISCUTIR A SITUAÇÃO DE ANGRA 3
Um grupo de deputados federais participou, nesta quinta-feira (20), de uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir alternativas para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3. Como se sabe, após a alta expectativa de que a construção da planta pudesse ser retomada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na última terça-feira (18), o governo decidiu adiar a decisão.
Após o encontro com os parlamentares, o ministro afirmou que o governo tem trabalhado com dedicação para dar continuidade às obras de Angra 3. Ele lembrou ainda que, durante a última reunião do CNPE, apresentou um relatório no qual votou favoravelmente à retomada do projeto.
“Estou muito otimista, até porque vejo a questão nuclear muito além de Angra 3. Com os pequenos reatores nucleares e com o Brasil, dado seu vasto território, vamos solucionar os sistemas isolados do país e também atender à grande indústria eletrointensiva, reduzindo custos com transmissão. Vamos nos manter confiantes. Há um respeito completo por parte do governo com os servidores de Angra, que sabe da necessidade de tratá-los com dignidade. Todos conhecem a sensibilidade do presidente Lula em relação aos servidores e ao serviço“, declarou Silveira.
No voto apresentado ao CNPE (disponível na íntegra neste link), o ministro destacou que a não aprovação da continuidade de Angra 3 exigiria aportes imediatos de R$ 14 bilhões por parte dos acionistas da Eletronuclear, ou seja, a Eletrobras e a União.
“A presença de Angra 3 para o sistema energético brasileiro é absolutamente meritória, vindo a cumprir um papel importante para ampliar a diversidade de fontes, a redução de emissões de gases de efeito estufa e também ampliar a resiliência climática da geração de energia do país, uma vez que é menos sujeita a incertezas ambientais”, escreveu o ministro. Ao final do voto, Silveira defendeu a aprovação da outorga e a definição do preço da energia em R$ 653,31 por MW/h, conforme sugerido em estudo realizado pelo BNDES.
A reunião desta quinta-feira com a bancada do Rio contou com a participação dos deputados Julio Lopes, Enfermeira Rejane, Pedro Paulo, Aureo Ribeiro, Max Lemos, Laura Carneiro e com o Secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, André Ceciliano.
Na realidade a situação não é de Angra 3, mas do Brasil. Consumindo em nossos processos e métodos de produção um terço da eletricidade que precisaria para ter uma produtividade mínima razoável de uns 50 mil dólares por ano por trabalhador, o Brasil não vai além de 20 mil. A eletricidade é a maior alavancadora da produtividade como qualquer país desenvolvido sabe e pratica. Imagina, 14 mil KWh/cidadão americano/ano, contra nossos 2500. Como consequência nosso PIB per capita é 10 mil dólares, nosso salário médio é de 500 dólares e nos situamos eternamente entre a pobreza e a miséria. O… Read more »
Apesar disso ainda estamos fazendo o possível para criar um problema irreversível nas duas únicas usinas nucleares que construimos.
Como, em sã consciência, estabelecer uma diretoria sem conhecimento numa empresa que opera usinas nucleares? A liderança de instituições complexas, técnicas por natureza requer familiaridade com o negócio. Em especial um negócio que lida com enormes quantidades de energia, cujos fluxos de processo são radioativos em altas temperaturas e pressões, onde equipes capazes, entrosadas, treinadas, motivadas, que assumam a responsabilidade por suas parcelas de contribuição para com o todo, sejam parte essencial da organização e da atividade, como entregar tal responsabilidade a pessoas alienígenas ao processo? E como a decisão de “desequipar” em tão alto nível foi elaborada? O desrespeito… Read more »
E como corrigir? A quem cabe a tarefa de corrigir? Em quanto tempo?;
Como eu já falava e escrevia há 28 anos atrás (1997). Foram palavras ao vento.