DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO JÁ ATINGIU 52 PRAIAS DE OITO ESTADOS DO NORDESTE BRASILEIRO
Ninguém sabe, ninguém viu o que é ou quem são os responsáveis pelo vazamento de óleo cru que já poluiu 1.500 quilômetros do litoral do Nordeste, sujando praias de oito estados: Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Sergipe. 45 praias e 100 pontos do litoral desses Estados foram atingidos. A Marinha do Brasil está fazendo investigações, com ajuda do ICMBio. Até o momento, acredita-se que o problema tenha sido causado por uma embarcação em alto mar. Porém, a origem do vazamento não foi localizada. A Petrobrás descartou a hipótese de a substância ter sido produzida ou comercializada pela companhia, mas afirmou que está cooperando para a limpeza das praias.
De acordo com o IBAMA, a substância se trata de hidrocarboneto, conhecido como piche. O órgão está recolhendo amostras para identificar quem é o responsável. A Marinha enviou material para o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro, mas não há resultados. O vazamento não parece ser muito antigo, por causa da consistência do piche. Pela proporção, é um acidente grande, com transporte ou produção. A limpeza do óleo é diferente em cada área atingida, mas existe tecnologia para reduzir o problema. Oito tartarugas e uma ave foram atingidas pelo derramamento de petróleo, mas a maioria estava morta e não conseguiu ser atendida pelos técnicos. O Ibama confirma que, por enquanto, não há contaminação de peixes e crustáceos ao longo do litoral nordestino. Por enquanto, apenas o turismo de várias regiões estão sofrendo com o problema. O turista que escolhe o nordeste é atraído principalmente pelo litoral. Apesar de outros atrativos, o sol e a praia são os mais fortes. Espera-se cancelamentos de viagens.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) recomendou que a coleta do produto seja feita com ferramentas específicas para evitar contato direto com banhistas. A medida é preventiva contra irritações e processos alérgicos. O piche provoca reações adversas no corpo, especialmente na superfície da mão, nos olhos e na boca. A melhor solução é manter distância do produto, isolando as praias até conseguirem informações mais complexas sobre a substância. A fim de preservar a vida e a saúde das pessoas, é importante não tomar banho, pescar ou comer nas praias afetadas.
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