DESBUROCRATIZAÇÃO FAZ O MATO GROSSO SER O ESTADO COM O MAIOR NÚMERO DE EMPRESAS ABERTAS NO BRASIL
A desburocratização para abrir empresas colocou o Mato Grosso como o Estado Brasileiro no topo do empreendedorismo. Rápido e sem dificuldade. É assim que os moradores dos municípios encontram nos órgãos governamentais. O pequeno negócio opera em serviços de todos os tipos. Desde a construção, passando pelo acabamento, parte elétrica e até a pintura. De acordo com o Boletim do Mapa das Empresas, do Ministério da Economia, Mato Grosso foi o estado que teve o maior crescimento percentual de empresas abertas nos quatro primeiros meses do ano. Entre janeiro e abril, houve aumento de 19,1% no número de novos negócios na comparação com os quatro últimos meses do ano passado, percentual que surpreende em meio ao impacto econômico da pandemia da Covid-19. Em relação ao primeiro quadrimestre de 2019, o resultado também foi positivo: crescimento de 5,8%.
O estado também é o dono do maior crescimento no número de empresários individuais. Para ser mais exato, 17.623 empreendedores solo abriram a própria empresa em Mato Grosso nos primeiros quatro meses do ano, aumento de 23,3% em relação ao último quadrimestre do ano passado (de setembro a dezembro) e de 7,7% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2019.
Para César Miranda (foto), secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, os resultados positivos são consequência de medidas que o governo estadual adota desde o ano passado. Entre elas estão o ajuste fiscal, com aumento de receitas e a diminuição das despesas, investimentos em segurança pública e a aprovação de uma lei que instituiu os incentivos fiscais às empresas do estado. “Quem vai investir em um estado em que as viaturas de polícia estão sem gasolina? Resumindo tudo o que foi feito, é aquela frase: criando um seguro e bom ambiente de negócios.”
Uma das explicações para o clima favorável ao empreendimento no estado é a velocidade no processo de abertura de uma nova empresa. De acordo com o Ministério da Economia, esse tempo é de apenas um dia e 22 horas, o que faz de Mato Grosso um dos melhores no país neste quesito. “Antigamente você ia na Junta Comercial e se preparava para perder o dia. Hoje você chega lá, não tem mais carro no estacionamento. Isso é fundamental”, afirmou o secretário, César Miranda.
E não é apenas a abertura de um novo negócio que o estado de Mato Grosso tem tentado tornar mais fácil. Neste mês, o estado digitalizou todo o processo necessário para que os empresários consigam linha de crédito junto ao Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
A administração estadual tem se esforçado para manter as conquistas e minimizar os impactos econômicos da pandemia da Covid-19 sobre as empresas locais. De acordo com a Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), 5.993 empresas foram abertas no estado, entre janeiro e abril deste ano. O setor de serviços corresponde a 52% dos novos negócios, com 3.149 empresas. Em seguida, vêm o comércio, a indústria e o setor de agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Cuiabá, a capital do estado, puxou o crescimento com a abertura de 1.133 novas empresas. Sinop (325), Rondonópolis (317), Várzea Grande (314) e Sorriso (206) completam a lista dos cinco municípios que tiveram mais negócios abertos no período. Quando o assunto é Microempreendedor Individual (MEI), a capital do estado também lidera as estatísticas. Lá, mais de 4,3 mil pessoas deram início ao próprio empreendimento nos primeiros quatro meses do ano. As cidades de Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde vêm logo atrás.
Em todo o país, 1.038.030 empresas foram abertas no primeiro quadrimestre do ano. Isso significa um aumento de 1,2% na comparação com os quatro últimos meses de 2019 e uma queda de 1,1% em relação ao primeiro quadrimestre, também de 2019. Entre janeiro a abril, 351.181 empresas fecharam as portas no Brasil, número 6,6% inferior ao registrado no último quadrimestre do ano passado e 12% menor na comparação com os quatro primeiros meses de 2019. De acordo com o Ministério da Economia, o saldo total foi de 686.849 empresas abertas, o que fez o país alcançar quase 18,5 milhões de empreendimentos.
Descobriram a roda!
Por mais que seja bem óbvio que o principal papel do estado na geração de empregos e riqueza é de “Não atrapalhar”. A maioria dos estados não percebeu isso. E nesses estados, eu incluo o Rio de Janeiro, no qual sou contador.
Concordo contigo Yan. Deviam estar preocupados com a burocracia e corte de salários mirabolantes que oneram o Estado.