DESCONTROLE NO MERCADO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO POR CAUSA DA GUERRA DA UCRÂNIA SE REFLETE NOS PREÇOS NO BRASIL
O descontrole nos preços do barril de petróleo, que chegou a bater US$ 130, por causa da guerra da Ucrânia e pela decisão dos Estados Unidos e suspender as compras do petróleo da Rússia, não tem jeito, vai bater no bolso do consumidor a partir desta sexat-feira (11). Os reajustes ficam em 18,7% para a a gasolina, 24,9 % para o diesel e 16% para o gás GLP. E olha que, por aqui, até que demorou. Apenas 57 dias sem reajustes, os preços da gasolina e diesel voltam a subir a partir de amanhã (11). A Petrobrás fará ajustes nos seus preços de venda para as distribuidoras. Esse movimento da Petrobrás vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda. Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, a Petrobrás havia decidido não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de
Após os preços chegarem em patamares muito elevados, era certo que a Petrobras promoveria os aumentos para as distribuidoras para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobrás. Em um comunicado hoje (10), a estatal diz que “Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil.”
A partir de amanhã, o preço médio de venda da gasolina da Petrobrás para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobrás para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobrás no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
Para o GLP, o último ajuste de preços vigorou há 152 dias. Agora, a partir de amanhã, o preço médio de venda do GLP da Petrobrás, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
“ Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade. Dessa forma, a Petrobrás reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.”
Com a manutenção do PPI então. Ganham as distribuidores, principalmente as que também produzem e muito no Brasil, nos pré o pós-sal enquanto o povo se ferra. Lógico que o % do ICMS também influencia pois 30 % de 40= 12 e de 100=30 valores sem referenciamento. Como ele é importante para os Estados poderia a arrecadação ser limitada num valor 15, por exemplo nos tempos de alta. Só quem se ferra é o povo e a classe média pois salário é a única coisa desindexada no Brasil. Ou se indexa tudo ou desindexa tudo como é nas economias reais… Read more »