DESEMPREGO ATINGE 13,5 MILHÕES, MAS GOVERNO INSISTE EM QUEBRAR CONTEÚDO LOCAL
O governo de Michel Temer (foto) chegou ao poder com a premissa de salvar a economia, mas a situação não “parou de piorar”, como se esperava em muitas partes. O desemprego atingiu sua pior marca histórica no último trimestre, alcançando 13,5 milhões de pessoas, a uma taxa de 13,2% da população nacional em busca de trabalho. Os números representam uma alta de 30,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, mas mesmo assim o governo mantém a disposição para quebrar o conteúdo local, que teria condições de reanimar a indústria brasileira e fomentar a geração de novos empregos no Brasil.
Nesta semana, representantes da indústria de máquinas e equipamentos estiveram com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em Brasília, mas a conversa não foi nada positiva. Saíram com a impressão de que não tem mais volta. O governo realmente está decidido em transformar o Brasil em exportador de commodities apenas, sem aproveitar os recursos naturais para impulsionar o desenvolvimento industrial e a geração de mais empregos no País.
“Saímos do encontro convictos de que a decisão está tomada com relação ao conteúdo local. O Brasil vai jogar fora toda uma estrutura de alta tecnologia, levando ao colapso do setor e transferindo investimentos e empregos para o exterior. O setor estima que isso pode levar à demissão de mais um milhão de trabalhadores”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMaq), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).
Em vez de seguir os exemplos de países como Noruega, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, que mantêm políticas deste tipo, garantindo o avanço de suas indústrias, o governo Temer preferiu seguir os exemplos de países subdesenvolvidos, como aponta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, que esteve no encontro.
“Estão optando por um modelo adotado por Venezuela, Nigéria e Angola, países altamente produtores, mas sem uma cadeia forte. Ou seja, quando acabar o petróleo, acabou a riqueza”, lamentou o executivo.
Velloso argumenta que a estratégia é mais perversa ainda, uma vez que o povo brasileiro estará subsidiando companhias estrangeiras, por meio do Repetro, já que o regime aduaneiro isenta a aquisição de bens e investimentos feitos no exterior pelas petroleiras.
“Esse é o maior subsídio que existe no Brasil. Ele desonera totalmente o bem importado. A companhia de petróleo vem para cá, importa máquinas e equipamentos, não paga impostos de importação, PIS, Cofins, ICMS, nada. Já nós ficamos com todos esses impostos e não conseguimos nos debitar. Onera-se mais o nacional do que o importado. É uma política nacional às avessas “, criticou o presidente da Abimaq.
Velloso afirma ainda que a indústria nacional investiu cerca de US$ 60 bilhões para atender a futura demanda do setor de óleo e gás, com foco especial no pré-sal, mas poderá ficar a ver navios, literalmente, com a nova postura do governo.
“Isso significa que não haverá a necessidade de se produzir no Brasil nenhuma máquina ou equipamento de alta tecnologia”, afirmou, citando os exemplos de Reino Unido e Noruega, que tiveram uma grande expansão na produção de petróleo, mas que investiram num parque industrial próprio. “Após a queda na produção petrolífera, esses países passaram a vender máquinas e equipamentos para o mundo inteiro. Houve o nascimento de um novo setor industrial”, explicou.
A BANDALHEIRA NA PETROBRAS AINDA NÃO ACABOU – PARTE 1 https://www.linkedin.com/pulse/petrobras-sob-nova-administra%C3%A7%C3%A3o-bandalheira-ainda-n%C3%A3o-pereira Por conta das profundas alterações observadas na administração da Petrobras na atualidade, fruto de intervenção da nova direção da estatal para contrapor os malefícios do Petrolão, observamos o descontentamento de políticos, classe trabalhadora e empresariados, deixando transparecer sua justa preocupação com a situação da Petrobras na atualidade, face a política que vem adotando, principalmente na política de aquisição de bens e serviços. A classe empresarial vem reclamando da metodologia e estratégia que a estatal vem adotando na condução dos certames licitatórios, principalmente em relação aos preços de suas propostas,… Read more »
Tem que privatizar a Petrobras. Na verdade já está acontecendo uma privatização branca por parte do Pedro Parente. Só não enxerga quem não quer!
E a privatização irá resolver o problema da Petrobras, Marcelo? Afinal, qual investidor irá adquirir uma empresa que está dilapidando os seus ativos estratégicos que gerariam fluxo de caixa? Se for uma privatização branda a que está em curso por parte do Pedro Parente, então está sendo uma privatização burra, afinal qual será o valor de mercado de uma empresa que perde ativos estratégicos que gerarão receita considerável nos próximos anos? Ativos esses vendidos a preço de banana? O grande problema no Brasil é de gestão política e econômica! Pode-se fazer uma grande gestão em estatais voltada para uma política… Read more »