DESEMPREGO ATINGE MAIOR PATAMAR DA HISTÓRIA E PODE PIORAR COM A QUEBRA DO CONTEÚDO LOCAL
O Palácio do Planalto tem tentado mostrar um cenário de retomada da economia, mas os números indicam que não é bem assim. O desemprego no Brasil chegou a 13,7%, o maior patamar da história nacional, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (28), e já afeta 14,2 milhões de pessoas no País, mas o futuro pode ser ainda mais complicado se o governo continuar insistindo em quebrar o conteúdo local, que poderia ser aproveitado como uma das formas de recuperar empregos e fortalecer a indústria nacional.
O número atual é um novo recorde trimestral, representando uma alta de 14,9% em relação aos três últimos meses de 2016. De lá para cá, mais 1,8 milhão de pessoas ficaram sem trabalho. Na comparação em relação ao mesmo período do ano passado, foram 3,1 milhões a mais de desempregados.
O número de trabalhadores com carteira assinada, somado em 33,4 milhões de pessoas, também apresentou um recorde negativo, com o menor patamar atingido desde que o dado passou a ser coletado, em 2012. Do primeiro trimestre de 2016 para o mesmo período deste ano, 1,2 milhão de brasileiros perderam os cargos com carteira assinada.
A situação é dura e a indústria de óleo e gás é uma das que mais sofre com a crise, mas os líderes que poderiam indicar um futuro menos amargo para o setor têm virado as costas para o País. Ministério de Minas e Energia e Petrobrás – influenciados pelo IBP – se alinharam contra a política de conteúdo local, e até agora adotaram a postura de priorizar os empregos na China e em outros países asiáticos, para onde devem ser enviadas as construções dos próximos navios-plataforma a serem utilizados no Brasil. Um último respiro pode surgir com a decisão sobre o pedido de waiver (perdão pelo descumprimento) em Libra, mas a resposta está nas mãos da ANP, que deve divulgar sua decisão nas próximas semanas.
Não podemos deixar a indústria Naval Brasileira ser destruída pela flexibilização da ANP do Conteúdo Local (investimentos nacionais aplicados em um determinado bem ou serviço), aceitar isso é jogar pela janela milhões de investimentos privados nessa indústria, colocar na rua milhares de trabalhadores, fechar centros de pesquisa e desenvolvimento, dentre outros, como tirar de nossa geração (engenheiros, geólogos, projetistas, desenhistas, soldadores, montadores) mais qualificada oportunidades únicas. Muitos irão contestar que a solução não é proteger a indústria nacional e etc, porém a proteção do mercado é o caminho até que tenhamos outras medidas (fiscal e trabalhista) aprovadas, e essas sim… Read more »