DESENTENDIMENTO ENTRE JUSTIÇAS DO PARANÁ E DO RIO LEVA PRESIDENTE DA ANDRADE GUTIERREZ À PRISÃO NOVAMENTE
Um aparente desentendimento entre diferentes frentes da Justiça brasileira fez a alegria de Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, durar pouco tempo. Na verdade, apenas um carnaval. Depois de ter sido solto pelo Juiz Sergio Moro, de Curitiba, por conta de um acordo de delação premiada, na sexta-feira passada (5), véspera do feriado prolongado, o executivo voltou a ser preso na quarta-feira de cinzas (10), por ordem da Justiça do Rio de Janeiro.
A justificativa alegada para a nova prisão preventiva foi que os termos do acordo de delação celebrado com Sergio Moro não abrangeriam as investigações relativas à parte do processo que corre na Justiça do Rio, concentrado nas irregularidades encontradas em contratos da Eletronuclear.
Azevedo estava em sua casa, em São Paulo, quando foi surpreendido pela nova ação, cumprida por policiais federais enviados pela justiça carioca. A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. No email enviado à Polícia Federal, ele alegou que o mandado de prisão preventiva que ele já havia expedido no passado não fora revogado pela decisão de Moro, o que só poderia ser feito por uma instância superior.
O Supremo Tribunal Federal ainda precisa homologar o acordo de delação, o que abriu uma brecha para a nova prisão. Agora, o executivo será encaminhado para o Rio de Janeiro nesta quinta-feira (11), enquanto os advogados tentam revogar a decisão da Justiça carioca.
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